“Você é aquilo que você come.” Quem já ouviu essa frase em algum momento da vida? A expressão que ganhou espaço no vocabulário popular no decorrer dos anos passou a fazer ainda mais sentido no contexto da pandemia.
Isso acontece porque foi justamente nesse período em que as pessoas passaram a rever suas prioridades, suas rotinas e mudaram alguns pontos em relação aos seus comportamentos, praticando exercícios físicos, meditação e outras atividades que as guiavam em uma espécie de jornada de autoconhecimento.
Impulsionado por todos os mantras, livros, terapias e instrumentos musicais, houve também o crescimento pela busca de novos e melhores hábitos alimentares.
Dados sobre os novos hábitos de alimentação
Uma pesquisa recente divulgada pelo Hypeness, em parceria com a MindMiners, mostrou que entre os entrevistados, 36% reduziu o consumo de refrigerantes, 30% diminuiu a ingestão de açúcares e doces e 25% passou a comer menos carne vermelha.
Ao mesmo tempo que o consumo de alimentos industrializados caiu consideravelmente, a busca por alimentos naturais ou orgânicos evoluiu: 57% aumentou a ingestão de verduras, legumes e frutas em suas dietas e 48% passou a consumir mais sucos naturais.
A relação saudável com a comida além do prato
Quem procurava um hobby ou algo para relaxar durante o isolamento social encontrou na cozinha uma verdadeira terapia. A pandemia recebeu o apelido de “pãodemia”, devido ao crescimento na produção e venda de pães caseiros durante esse período. Só no Instagram a hashtag #pãodemia soma mais de 8 mil publicações.
Essa mudança também impactou o mercado, impulsionando empreendedores. Segundo a pesquisa feita pelo Sebrae-SP, na cidade de São Paulo-SP, 4.500 pessoas passaram a investir na venda de pães durante a pandemia. O número foi 90% maior em comparação do que no ano passado.
Foodtechs: uma nova forma de pensar a alimentação
A mudança nos hábitos de consumo também acelerou o mercado de inovação. Startups do mercado alimentício, também conhecidas como foodtechs, voltaram suas atenções para produtos orgânicos e a alimentação saudável, como é o caso da Raizs, que traz o conceito farm-to-table, conectando pequenos produtores locais com clientes em busca de alimentos orgânicos e frescos.
Outro exemplo que temos no Brasil é o Foodtech Movement (saiba mais), movimento que muitas startups, empresas, entusiastas e interessados na mudança dos hábitos alimentares e na pauta “comida do futuro” já aderiram.
Portanto…
Seja para o consumidor ou para as empresas, a perspectiva desses novos hábitos alimentares não poderia ser melhor. Afinal, além dos inúmeros benefícios que os alimentos saudáveis podem trazer para o nosso corpo através de vitaminas, proteínas e minerais, a relação com a comida pode ser muito boa para a saúde mental.
*Murilo Rezende – Conteudista da Circle Aceleradora
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