Para fazer testes dos novos produtos, o Grupo O Boticário conseguiu reproduzir no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da marca a pele humana, com a ajuda de tecnologia 3D.
Segundo a empresa, a tecnologia é um método alternativo aos testes em animais para a indústria cosmética, reconhecido pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
?A companhia já não realiza testes em animais nos produtos que desenvolve há mais de 15 anos e apoia a eliminação dessa atividade com a adoção das melhores práticas para o desenvolvimento dos produtos?, disse, em nota, o gerente de Pesquisa Biomolecular do Grupo Boticário, Márcio Lorencini.
Para elaborar a pele 3D, são utilizadas células isoladas a partir de tecido descartado de cirurgias plásticas, nos casos em que há o consentimento do doador para este fim e aprovação de Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Em laboratório, a pele vai sendo formada, célula a célula, camada por camada, tal como a pele humana.
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Com a tecnologia, segundo a empresa, é possível realizar vários testes numa mesma unidade de pele reconstituída, que dura 7 dias, em vez de 72 horas da pele ?in natura?. A pele 3D, diz o Grupo, permite ainda maior amplitude e mais assertividade nos testes, pois ela é elaborada a partir de um pool de células de vários indivíduos.
Entre as vantagens apontadas estão: evitar testes em animais na indústria cosmética, redução no número de testes com humanos, maior fidelidade e confiabilidade aos testes dos produtos, possibilidade de se testar várias formulações e escolher a melhor em relação à eficácia.
Em média, por ano, a marca investe cerca de 2,5% do faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento. Ao todo, a empresa já tem 29 patentes.
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