Saúde emocional é parte do que torna uma empresa GPTW

Reconhecimento é baseado em análise de colaboradores, e resultado deste ano mostra que colocar o colaborador no centro do negócio é fundamental

Cecília Delgado
6 min leitura
fevereiro 9, 2023

O que torna uma empresa um bom lugar para se trabalhar? Com o intuito de reconhecer esse desempenho, o Great Place to Work (GPTW) celebrou nesta semana em São Paulo as empresas varejistas na premiação, “Great Place to Work – Melhores empresas para trabalhar no varejo 2022”.

Há 26 anos a GPTW reconhece e avalia empresas que são excelentes lugares para se trabalhar. Só no Brasil são mais de 6 mil de todos os portes avaliadas, qualitativamente e quantitativamente para identificar as melhores práticas e o grau de satisfação e engajamento dos colaboradores. O objetivo da premiação é estimular experiências consistentes e produtivas no trabalho, para maximizar o potencial humano através de liderança eficaz e cultura de confiança.

“Em um mundo de trabalho cada vez mais dinâmico, ser uma excelente empresa requer observação e escuta ativa de quem mais entende do negócio: as pessoas”, destaca Amanda Souza, diretora regional da Great Place to Work.

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O segmento varejista merece atenção especial. O setor é um dos mais importantes da economia, que emprega muito e mostrou resiliência, resistência e capacidade de se reinventar, especialmente nos últimos anos, ao ser um dos mais desafiados pela pandemia de Covid-19.

Das 200 empresas avaliadas na categoria varejo, entre elas pequenas, médias, grandes e supergrandes, 60 se qualificaram como excelentes lugares para se trabalhar. Elas representam mais de meio milhão de pessoas empregadas em todo o país.

“É um momento de destacar o impacto no mercado do varejo. Uma em cada quatro empregos formais no Brasil são do segmento. E há uma responsabilidade enorme de garantir uma relação de confiança dentro das empresas. E esse impacto é exponencial quando se lida com clientes”, reflete Amanda.

Um dos pontos destacados na premiação “Great Place to Work” é o desafio de manter a cultura da empresa, especialmente nas grandes. Além disso, o emprego no varejo é normalmente a porta de entrada no mercado de trabalho. Pelo menos dois terços dos trabalhadores do setor têm menos de 35 anos, e o principal motivo de permanência é a possibilidade de crescimento. “É exatamente esse tipo de funcionário, que veste a camisa e quer crescer com a empresa que todas as companhias desejam. E para isso é preciso ter um bom ambiente”, avalia Caio Rodrigues, também diretor regional da GPTW.

Saúde Emocional é parte do que torna uma empresa GPTW

Uma das inovações da premiação deste ano é a categoria de destaque “Saúde Emocional”. Ela premiou empresas que foram reconhecidas por prezar, mais do que o bem-estar e a saúde mental, pela saúde emocional dos colaboradores como um todo. Para Claudia Coragem, CEO da Jungle Medical Science for Business, parceira da GPTW nesta avaliação, a saúde dos colaboradores tem conquistado cada vez mais relevância e passou a ser mais observada e valorizada pelas empresas.

A categoria premia as empresas com melhor tratamento do colaborador. “O interessante é que, mais do que avaliar as práticas das empresas, focamos na análise das informações do questionários do GPTW para, através do uso de inteligência artificial, avaliar a percepção dos colaboradores, como eles estão e como se sentem em suas empresas. Assim conseguimos dimensionar a partir do todo quais são as empresas que tem a saúde emocional como um pilar concreto”, explica Cláudia.

Foram premiadas na categoria o Grupo Cultivar, Construcolor, Casa & Vídeo, Sodimac, Arcos Dourados e Magazine Luiza.

Grandes vencedores Great Place to Work Varejo

A Magazine Luiza foi eleita a melhor empresa para se trabalhar na categoria Super Grandes – aquelas com mais de 10 mil funcionários. A empresa entra no ranking há 25 anos, o que para Caio Nalini, diretor de Gestão de Pessoas, continua a ser uma emoção uma honra. “Ficamos muito felizes porque mostra que levamos a sério o lema da empresa, ’gente que gosta de gente’. Estar no ranking há tanto tempo mostra a consistência das nossas ações do dia a dia. Tudo que fazemos, seja na comunicação, na tomada de decisão, nas ações de engajamento, fazemos questão de colocar nosso colaborador no centro, e tratá-los da forma que gostaríamos de ser tratados”.

Isso se reflete ainda na satisfação dos clientes, enfatiza Nalini. “Pessoas felizes atendem os clientes muitíssimo bem. A Magalu sempre preza atendimento aos clientes, não se pode atender os clientes bem se os funcionários não estiverem com alto nível de satisfação. O cuidado que temos com as pessoas que estão dentro (da empresa), faz com que a gente garanta esse mesmo cuidado com as pessoas que estão fora, o que se reflete em uma experiência de compra positiva, em um NPS positivo, pontos que levamos muito a sério e fazemos questão de manter em nível altos, porque num mercado competitivo como o varejo é o que faz a diferença”.

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A Gazin foi eleita pelo sétimo ano consecutivo a melhor empresa para se trabalhar na categoria Grandes (de mil a 9.999 funcionários). “O sentimento que temos é de muito orgulho, promovendo um excelente lugar para se trabalhar e comprar, atingindo resultados cada vez melhores com gente feliz”, comemorou Osmar Della Valentina, presidente do Grupo Gazin.

A Dipesul foi a vencedora na categorias Médias (100 a 999 funcionários). A surpresa para a companhia foi grande, destaca Elaine Parisotto, head de Recursos Humanos. “É o primeiro ano que concorremos, e ficamos muito felizes de ver o reconhecimento do nosso trabalho, porque a Dipesul é um ambiente de muito engajamento, de excelência pra trabalhar, com líderes se comprometem com a área de pessoas”.

A CNT, Central de Negócios Turísticos, venceu na categoria pequenos (de 30 a 99 funcionários). A agência de viagens de São Paulo destacou o valor do reconhecimento para uma empresa focada em pessoas e na implementação de soluções tecnológicas. “Somos diversos em tecnologia, turismo e, principalmente, pessoas. Nosso foco é ser a consolidadora mais completa do mercado”.