O Google anunciou um novo cabo submarino apelidado de “Equiano”, que vai conectar a África à Europa. A novidade é parte dos investimentos da empresa em infraestrutura de computação em nuvem, um mercado atualmente dominado pela concorrente Amazon. O lançamento busca aumentar o mercado no setor.
O Equiano, totalmente financiado pela empresa, é o terceiro cabo internacional privado do Google. Os cabos submarinos formam a principal rede de ligação da internet e carrega 99% do tráfego de dados no mundo.
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O Google informou que foi firmado um contrato em parceria com a companhia de infraestrutura Alcatel, assinado no quarto trimestre de 2018, e a primeira fase do projeto, que vai ligar a África do Sul a Portugal, deverá ser concluída em 2021.
Apesar disso, de acordo com o Google — que investiu US$ 47 bilhões na melhoria de sua infraestrutura tecnológica global nos últimos três anos — o Equiano é o 14º investimento global em cabos submarinos.
A empresa concluiu em abril outro projeto similar, chamado de “Curie”, um cabo intercontinental privado que liga o Chile a Los Angeles, nos Estados Unidos.
Mas como esses cabos funcionam?
Os cabos submarinos são extremamente resistentes e indispensáveis para o mundo moderno. Seu surgimento se deu há mais de um século, bem antes das primeiras conexões de internet.
As primeiras conexões foram registradas em meados da década de 1850, poucos anos após a invenção do telégrafo, em 1837. O primeiro cabo foi lançado ao mar em 1858 e ligava a Inglaterra com a América do Norte.
Frágeis, eles eram protegidos por uma mistura de cânhamo alcatroado (uma espécie de tecido produzido com a folha da planta Cannabis) com borracha indiana.
De lá para cá muita coisa mudou e, atualmente, as conexões submarinas atravessam distâncias continentais. Para que isso fosse possível, a tecnologia dos cabos evoluiu de modo que a proteção do componente agora é feita por fibra ótica.
Hoje em dia os cabos conectam todos os continentes, exceto a Antártida. A rede de conexões, por sua vez, transporta os dados até o backbone, a “espinha-dorsal da internet”, que funciona como uma estrada que carrega as informações.
A velocidade de tráfego é extremamente alta. Somente assim uma mensagem enviada do Brasil chegaria ao Japão de forma praticamente instantânea com serviços como Facebook, WhatsApp e outros.
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