Nos últimos anos, ou melhor, nos últimos dois anos, devido a pandemia de covid-19, diversas mudanças e readaptações foram realizadas nos mais diferentes setores sociais, sejam eles particulares, educacionais ou profissionais.
No campo corporativo, entre as principais modificações, podemos citar o formato de trabalho (remoto e híbrido), o atendimento ao público, os tipos de seleção e contratação, entre outros.
Sem demasia alguma, é possível afirmar que as transformações ocorridas no período pandêmico vieram para moldar a rotina administrativa de milhares de empresas.
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Mudanças realizadas da pandemia para o pós-pandemia
Apesar de grandes mudanças terem sido realizadas no período pandêmico, o atual momento – o pós-pandêmico – também demandou algumas modificações nos ambientes corporativos.
Grandes empresas, visando o bem-estar dos colaboradores, investiram nessas readaptações. Esse é o caso da SulAmérica, que é considerada a maior companhia seguradora independente do Brasil.
Segundo Patrícia Coimbra, vice-presidente de Capital Humano, Administrativo, Sustentabilidade e Marketing da SulAmérica, a principal alteração trabalhista se configurou pela passagem das funções remotas para a híbrida.
Ela explica que essa transmutação ocorreu após uma análise interna da instituição, que, por meio de pesquisas, entrevistas individuais e grupos focais, visou uma escuta ativa dos funcionários.
Desse modo, foi descoberto que 99% dos trabalhadores preferem o modelo híbrido, pois os mesmos acreditam que esse formato oferece uma melhor qualidade de vida.
Principais desafios enfrentados pelas empresas
Com as mudanças que estão ocorrendo na era pós-pandemia, a gestão administrativa e o RH de muitas instituições, inclusive os da SulAmérica, ainda enfrentam alguns obstáculos para a estabilização dos processos organizacionais.
De acordo com Patrícia Coimbra, o primeiro grande desafio está relacionado aos novos modelos de ofício e a maneira que as corporações lidam com eles.
“Durante a pandemia, as pessoas perceberam que, a depender da função, é possível desenvolver um trabalho de forma híbrida ou até mesmo 100% remoto. Por essa razão, elas estão em busca de uma maior flexibilidade nas ocupações”, esclarece Coimbra.
A vice-presidente de Capital Humano, Administrativo, Sustentabilidade e Marketing da SulAmérica ainda comenta que a segunda adversidade das empresas – ligada diretamente à primeira – é a retenção dos indivíduos. Isso porque, segundo ela, nos dias atuais, além de buscarem por formas diferentes de trabalho, os profissionais também desejam encarar novos desafios no ambiente corporativo.
Resolvendo os conflitos
Como visto acima, os principais desafios para as instituições no período pós-pandêmico estão relacionados ao formato de trabalho e a retenção de pessoas. Contudo, uma pergunta que fica no ar é: como as empresas irão solucionar esses conflitos?
Para Patrícia Coimbra, uma grande solução é a busca por uma maior parceria com os profissionais, tendo como base a orientação para o empoderamento dos diferentes times.
No caso específico da SulAmérica, Coimbra relata que a companhia realizou uma pesquisa de mercado e escutou diversos colaboradores para entender o que eles mais precisavam e desejavam. Com isso, a corporação conseguiu reforçar na rotina dos funcionários o conceito de saúde integral, no qual o bem-estar físico, financeiro e emocional andam em equilíbrio.
Antecipando os conflitos
Quando falamos em conflitos corporativos, um ponto desejado por muitos é saber como antecipá-los, ou seja, descobrir, com certa antecedência, qual dificuldade ou disfunção irá surgir a curto ou longo prazo. Contudo, essa tarefa está longe de ser algo palpável.
“A pandemia veio nos mostrar que não temos controle e não sabemos o que pode vir a acontecer em um próximo momento, mas o trabalho em equipe estruturado faz com que os novos desafios sejam enfrentados da melhor maneira possível”, declara Patrícia Coimbra.
Aprimoramento da relação com o colaborador interno
Outro ponto importante na gestão de qualquer empresa, seja no momento pandêmico ou pós-pandêmico, é a boa relação com o colaborador interno.
Patrícia Coimbra afirma que a maneira mais assertiva de relacionamento dentro das instituições é através da escuta ativa. De forma específica, ela cita que a SulAmérica já trabalha com essa premissa há algum tempo.
“Já realizamos duas pesquisas sobre aprendizado dentro da companhia. A primeira, organizada em agosto de 2021, teve como objetivo compreender o perfil de aprendizado dos nossos colaboradores. A segunda, realizada em 2022, fez parte do estudo de Cultura de Aprendizado da SulAmérica. Nesse último, organizado em parceria com a consultoria Növi, realizamos entrevistas, grupos focais e uma pesquisa baseada na metodologia do DLOQ (Dimensions of the Learning Organization), com o objetivo de aprofundar em cinco pilares a cultura de aprendizado da empresa: Narrativa de Aprendizagem, Práticas de Treinamento e Desenvolvimento, Aprendizagem Informal, Papel da Liderança e Aprendizado Autodirigido”, reitera.
Por fim, a vice-presidente de Capital Humano, Administrativo, Sustentabilidade e Marketing da SulAmérica expõe que a escuta ativa apontou que os funcionários reconhecem a variedade de formas de aprendizado oferecidas pela instituição. Além disso, através desse mapeamento, a própria companhia entendeu a importância da liderança como patrocinadora de um caminho de conhecimento constante para todos.
E os planos para o futuro?
Ao longo do texto, podemos observar a excelente gestão oferecida pela SulAmérica nesse momento pós-pandêmico. Entretanto, a última dúvida que resta é: quais serão os planos futuros da empresa?
Questionada sobre o tema, Patrícia Coimbra menciona que a tendência da companhia é evoluir as atividades existentes, como os programas “Inclusão e Diversidade” (aceleração de cinco importantes frentes: raça e etnia, equidade de gênero, LGBTI+, pessoas com deficiência e gerações) e o “Bem+Estar” (acolhimento e suporte às questões de saúde emocional dos colaboradores).
Dicas para tornar a gestão de uma empresa mais assertiva
Por último, Patrícia Coimbra cita algumas orientações essenciais para tornar a gestão de qualquer empresa muito mais assertiva. “Acredito que a principal dica é sobre a importância da escuta ativa de seus colaboradores. Quando entendemos as necessidades, conseguimos proporcionar uma gestão mais inclusiva, assertiva e que se mostra em busca de melhorias. É também fundamental assumirmos quando algo não sai como o planejado, além é claro, de realizarmos os ajustes necessários”.
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