Quase metade dos jovens da geração Z não controla as suas finanças, segundo pesquisa do CNDL/SPC Brasil. De acordo com o estudo, a principal justificativa dada por eles está em não saber como fazer (19%) ou sentir preguiça, com 18% das respostas.
Por outro lado, 53% afirmam controlar receitas e despesa, e apesar de bastante conectados, 26% ainda utilizam o tradicional bloquinho de papel para organizar o orçamento. Oito em cada dez entrevistados têm alguma fonte de renda e a maioria, 36%, trabalho com carteira assinada.
O estudo mostra ainda que, dos jovens que afirmam ter dinheiro guardado (52%), a maioria investe em opções pouco ou nada rentáveis. Quase 53% deles mantêm os valores na poupança, 25% guardam em casa e 20% na conta corrente.
O estudo também revela que 65% dos jovens da Geração Z contribuem financeiramente para o sustento da casa, com suporte para alimentação (51%), roupas, calçados e acessórios (43%), produtos de higiene e beleza (34%), TV por assinatura ou internet (31%).
Os dados foram levantados em uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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Quem são eles?
A Geração Z reúne os nascidos entre 1995 e 2010, que têm entre 9 e 24 anos, hoje. São considerados os primeiros nativos de um ambiente tecnológico definido pela mobilidade digital e pela onipresença da internet e das conexões em rede. É a primeira geração a crescer e chegar à vida adulta tendo acesso online e instantâneo, desde cedo, a grandes quantidades de informações.
José Cesar da Costa, presidente da CNDL, comenta a transformação da geração Z ao longo do tempo.
“A Geração Z está vivendo seu período de formação intelectual num contexto social e cultural de intensas transformações, em que a todo momento surgem produtos e serviços mediados pela tecnologia. Esses jovens prometem ser a próxima grande força indutora do consumo e, na verdade, já tomam parte em muitas das decisões de compra de suas famílias”, afirma.
Aposentadoria
O levantamento ainda mostra que somente um em cada quatro dos jovens se prepara e se preocupa com a aposentadoria. 75% não se preocupam com isso.
As razões apontadas pelos que se preparam para a aposentadoria envolvem julgar que sempre foram precavidos (35%), espelhar-se em exemplos de pessoas que não se prepararam e tiveram problemas financeiros (22%) ou mesmo em pessoas que se prepararam e, por isso, tiveram uma aposentadoria tranquila, com 18% das respostas.
Costa atenta para a importância de se preparar financeiramente para momentos como esse.
“É importante observar que os jovens precisam ter objetivos financeiros claros e aprender a controlar o imediatismo e os impulsos de consumo, evitando gastos excessivos desde cedo para que não se tornem hábitos e comprometam a saúde financeira e o atingimento de metas no futuro”, finaliza.
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