Você, alguma vez, já ouviu falar sobre a geração Z? Bom, eu aposto que sim. De todo modo, para entender melhor, essa linhagem, também conhecida como Gen Z, corresponde às pessoas nascidas durante o advento da Internet e do crescimento de novas tecnologias digitais.
Essa tão falada geração, caracterizada pela alta conectividade virtual, tem dominado, com seus gostos, hábitos, ideias e tendências, os mais diversos cenários sociais, principalmente em relação aos nichos de consumo online e físico.
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Geração Z vai às compras
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que a Gen Z possui comportamentos aquisitivos diferentes das demais linhagens (X, Y e Baby Boomers).
“A geração Z tem como padrão um viés mais minimalista e focado em sustentabilidade, inclusão e diversidade, sempre levando em consideração o fator tempo e urgência em suas tomadas de decisão”, comenta Yan Yuri, especialista em Novos Negócios e Marketing Digital na Solução Consultoria Empresarial.
Os hábitos de consumo da geração Z são muito específicos e autênticos. Logo, para acompanhá-los, é preciso investir nas medidas certas.
De acordo com Yan Yuri, para realizar um acompanhamento eficiente, é fundamental que as marcas estejam conectadas com as redes sociais do momento, seja para gerar relacionamento ou para elaborar uma análise mercadológica.
Além de acompanhar os gostos e padrões da Gen Z, é preciso que as empresas mantenham uma boa comunicação com os mesmos. E para isso, uma das melhores maneiras é apostar em diferentes meios, como redes sociais, chatbots, aplicativos, SMS, influenciadores e assistência omnichannel. Apesar disso,é preciso ter em mente que somente a presença digital da marca pode não ser o suficiente. Hoje o consumidor faz questão de um atendimento personalizado.
Descobrindo as informações
Agora que foi dito como conquistar a Gen Z, é necessário compreender de que forma as marcas podem descobrir todas essas informações.
“Em primeiro lugar, as empresas têm que ter um olhar curioso e aberto para entender quais lições essa geração tem a compartilhar. Quais as séries, programas de TV, mídias sociais e estilos musicais elas estão consumindo? E o que esses conteúdos representam? Quais mensagens eles passam? É preciso estar aberto para captar tais gostos e expressá-los de uma forma verdadeira na marca”, esclarece Mayara Boaretto, sócia-fundadora da Iamani, empresa de chás orgânicos.
Além disso, também é fundamental que as instituições contem com fontes internas de dados, seja de vendas, navegações, programas de fidelidade e até enquetes e pesquisas com a base de clientes. “Um programa bem administrado de CRM pode gerar muitos dados, identificar comportamentos e ocasionar insights de negócios”, conclui.
Desafios para conquistar a geração Z
Apesar dos ensinamentos apontados, conquistar a geração Z não é uma missão rápida e muito menos fácil. Para Yan Yuri, o fato dessa linhagem não ser apegada em questões materiais e mudar de ideia tão rapidamente, se tornam dois grandes empecilhos na hora de cativá-los.
Já para Silvio Sallowicz, CEO da Duo e Ecco, dois grandes obstáculos para encantar a Gen Z são os fatores comunicabilidade e conectividade.
“A geração Z é composta por jovens multitarefas, expostos a incontáveis informações durante todo o dia. Eles são exigentes, gostam de muita rapidez e pouca complicação na hora de comprar algo. No caso, a comunicação com esse público precisa ser surpreendente e desafiadora, e os profissionais de marketing têm necessidade de se conectar a eles em termos específicos, para que não pareçam assustadores ou invasivos demais”, discorre o executivo da Duo e Ecco.
Como pode ser observado, conquistar a Gen Z não é uma tarefa fácil, contudo, os benefícios dessa conquista são de grande importância para as marcas.
Conforme explica Silvio Sallowicz, cativar essa linhagem irá ajudar diretamente as empresas em quesitos financeiros e comunicativos. Isso porque tal público, em breve, irá ultrapassar a geração Y em número de consumidores, além de que os mesmos estão iniciando a vida profissional e, em um curto período de tempo, se tornarão o principal grupo no mercado de trabalho. “Ademais, a geração Z tem muito poder de barganha com os seus pais e, por isso, eles já têm uma influência grande sobre os padrões de consumo de suas casas”, acrescenta.
Mantendo a fidelidade
Após conquistar a tão aclamada geração Z, o próximo passo é mantê-la fiel à marca. Entretanto, a pergunta que fica é: quais são as iniciativas ideais para realizar essa tarefa?
Para Mayara Boaretto, as empresas precisam se atualizar o tempo todo, se posicionar de forma inteligente sobre questões relevantes para a sociedade e propor inovações que resolvam as demandas do momento.
Um ponto importante a ser citado é sobre os cuidados necessários para agradar a Gen Z sem prejudicar as demais linhagens.
Mayara Boaretto analisa que uma das principais cautelas é não fazer o uso de apenas um meio de comunicação para divulgar produtos e serviços, mas sim chegar em pessoas diferentes por vias diferentes.
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