Os membros da #GERAÇÃO Z, nascidos entre 1996 e 2005, são mais propensos a gastar e acumular dívidas em seus cartões de crédito do que os Millennials, segundo pesquisa realizada pela agência de crédito americana TransUnion.
De acordo com a pesquisa, 41% dos Gen Z entre 18 e 24 anos possuía pelo menos um cartão de crédito no ano passado, em comparação com 34% dos Millennials na mesma faixa etária em 2012.
A pesquisa mostrou ainda que o consumidor médio da Geração Z devia cerca de US$ 2 mil em 2019. Já o consumidor médio Millennial, na mesma faixa etária, devia cerca de um terço menos em 2012.
Embora tenha mais dívidas e consuma mais usando cartão de crédito, a pesquisa também mostrou que os Gen Z são melhores pagadores do que a geração anterior.
Pelo menos 50% dos jovens pesquisados têm uma pontuação de crédito de 661 pontos. Quando estavam na mesma faixa etária (18 a 24 anos), apenas 39% dos millennials tinham pontuação de crédito similar.
“A parcela mais velha dos consumidores da Geração Z atingiu a maioridade durante uma expansão econômica prolongada, o que permitiu uma entrada comparativamente mais fácil no mercado de crédito do que a geração anterior”, disse Matt Komos, vice-presidente de pesquisa e consultoria da TransUnion.
Segundo a pesquisa, alguns dos motivos para essa diferença no uso do cartão de crédito entre gerações são a estabilidade da economia americana nos últimos anos e a baixa taxa de desemprego. Outros fatores, como os avanços tecnológicos, também são relevantes.
“A Geração Z é a primeira geração de nativos digitais, e eles esperam uma experiência contínua de consumo em todas as esferas da vida – incluindo como eles acessam, usam e gerenciam crédito”, explica Jason Laky, vice-presidente da TransUnion.
CENÁRIO
No Brasil, praticamente seis em cada dez jovens da Geração Z com idade entre 18 e 24 anos já têm cartão de crédito em seu nome. Esse número aumenta para 8 em cada 10 se for feito um recorte apenas entre as classes A e B, segundo pesquisa sobre os hábitos financeiros da Geração Z realizada em 2019 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), pelo SPC Brasil e pelo Sebrae em todas as capitais brasileiras.
A chegada de bancos digitais e fintechs no Brasil contribuiu para aumentar o acesso dos jovens a produtos de crédito que antes eram mais restritos. De acordo com o estudo, dentre os que têm cartão de crédito, 34% possuem um cartão digital com abertura e operação via internet.
Considerando as dívidas declaradas pelos entrevistados brasileiros, as mais mencionadas são as parcelas do crediário/carnê (26,4%), os empréstimos pessoais/consignados (20,7%), as parcelas de financiamento de automóvel (20,6%) e as parcelas de financiamento da casa própria (18,7%, aumentando para 32,8% na Classe A/B).
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