Vivemos o momento do avanço das pautas de ESG, da discussão da “prática verde” (sustentável). As redes sociais estão tomadas de conteúdos sobre sustentabilidade, meio ambiente, responsabilidade social. Não restam dúvidas que essa é uma pauta urgente, que vem transformando a maneira de consumir e fazer negócios. A grande questão é: em um mundo no qual o foco é a sustentabilidade, qual será o futuro do trabalho?
Deve-se notar que uma parte considerável dos trabalhos hoje não é inteiramente “verde” e que, em razão disso, novas oportunidades e ofícios estão aparecendo. É preciso consertar todo um modelo de negócios que não foi pensado de forma sustentável e que não colocou em mente, lá atrás, que nossos recursos são limitados. Essas novas vagas representam uma lacuna que já tinha previsões de preenchimento anos atrás, mas que só agora encontrou motivação e recursos necessários para ir em frente.
Assim, essas novas profissões também apresentam um futuro bastante promissor: são as chamadas “carreiras sustentáveis”, apresentadas pelo GEO-6 for Youth, programa criado com ajuda das Organização Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente que consiste em um guia digital com opções de ocupações mais verdes e habilidades necessárias para gerar bons resultados nas indústrias.
As habilidades sustentáveis que se destacarão no futuro
Para conquistar esse mercado ativista e urgente, o GEO-6 fo Yourth separou algumas habilidades que podem contribuir para a construção de uma jornada ecológica de sucesso em um futuro bastante próximo. Entre elas, há bastante destaque no material para melhorar as competências científicas, dado que é por meio delas que as inovações surgem — e, consequentemente, encontram alternativas mais sustentáveis.
A pesquisa salienta que cada vez mais as empresas dependem de estudos científicos tanto para a produção de seus produtos quanto para a tomada de decisão e planejamento internos. Vale destacar também que os profissionais científicos serão os principais caminhos para administrar e proteger os recursos naturais do planeta. E para as empresas, será necessário garantir um selinho verde que de fato seja consistente.
Outro grande destaque vem para as habilidades arquitetônicas e de engenharia, afinal, cada vez mais há exigência de projetos capazes de comportar mudanças em prol da sustentabilidade. Isso significa um planejamento distinto para obtenção de energia limpa, por exemplo, assim como materiais de construção mais ecológicos também.
Além da parte mais próxima às pessoas comuns, também será necessária uma adaptação nas profissões relacionadas à atividade agrícola. No Brasil, os resultados da pecuária por vezes se apresentam catastróficos ao meio ambiente e geram, consequentemente, efeitos distintos na produção de carbono, temperaturas, precipitação, entre outros. Dessa forma, a agricultura orgânica tem ganhado espaço para crescer tanto em locais mais voltados para a agropecuária quanto em regiões urbanas. Isso envolve estudos na área, planejamento e execução.
Por fim, há uma necessidade urgente já hoje na parte jurídica, de forma a garantir os direitos do consumidor com base na sustentabilidade, ou seja, com direitos ambientais e humanos. Há uma nova área do Direito à vista que deve crescer de forma bem expressiva nos próximos anos.
Um futuro verde e promissor para o trabalho
É importante lembrar que essa mudança, apesar de futura, já tem dado sinais de existência no presente. Com um investimento cada vez mais intenso nas pautas ESG por parte das empresas, há uma necessidade iminente de mão de obra qualificada — que, segundo o relatório da ONU, deve vir sobretudo por parte dos jovens.
Essa mudança também acontece em conjunto com a tecnologia, vale destacar. Segundo o Future of Jobs 2020, do Fórum Econômico Mundial, as principais ocupações serão em torno de computação em nuvem, big data e inteligência artificial, que não só podem como devem trabalhar ligados às ações ambientais.
O futuro, como podemos ver, é verde. E não há alternativas, temos um único planeta, recursos limitados. Mais do que nunca, é preciso estar atento aos reais agentes de transformação: as pessoas.
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