Robôs artificialmente inteligentes no atendimento, nos carros e em qualquer outro lugar. De fato, esses softwares em constante aprendizado já ocupam diversos momentos das nossas vidas e realizam tarefas desde as mais simples até as mais improváveis – como levar crianças para a escola. Por outro lado, precisamos nos perguntar sobre tarefas que incluem o uso desses bots, tais como treinamento.
Esse é o ponto de partida do Seminário de Bots e IA, uma iniciativa do Grupo Padrão. Na abertura do evento, Jacques Meir, diretor executivo de conhecimento do Grupo Padrão, lançou ideias e provocações sobre o assunto. Ele brincou sobre o futuro, por exemplo, de um seminário diante do avanço dos bots nas nossas vidas. A brincadeira, no entanto, resultou em uma reflexão a posteriori.
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“Robôs dominando diversos momentos das nossas vidas não nos surpreendem mais, principalmente depois de andar em tantos eventos ao redor do mundo. Eles já conversam conosco de maneira coloquial. No entanto, eles também apresentam resultados práticos. Hoje, estima-se que o índice de acerto médico seja de 75%, no máximo 80%, na identificação de um problema. Já o robô faz isso com uma assertividade de 90%. Em outras palavras, isso significa que de cada dez casos, o médico acerta oito, deixando assim 20% para correções. Nos robôs, isso é apenas 10%”, disse.
Mas não é apenas na medicina que os robôs têm contribuído. Bots já conduzem veículos de maneira autônoma há algum tempo, mas eles ainda dependem de um “detalhe” para ocupar as ruas e as avenidas das grandes metrópoles. “O carro, por si só, não é um desafio. O problema é fazer o carro transitar nas cidades. Elas não estão preparadas para isso, seja pela ausência de sensores espalhados no espaço urbano, seja na comunicação entre carros para que eles não colidam entre si”, destaca Meir. Ele lembrou que Phoenix, nos EUA, possui a maior frota de carros autônomos do mundo. Por lá, há casos, inclusive, de veículos levando crianças para as escolas.
Treinamento
Mas uma discussão sobre o tema ainda parece distante do ambiente corporativo: precisamos treinar máquinas. Para isso, é necessário considerar um fator realmente imprescindível: nós, os humanos. Pessoas devem realizar o machine training (e não necessariamente o machine learning) para que eles desenvolvam atividades de maneira eficiente e confiável. “Muitas das nossas tarefas serão herdadas pelos robôs. Precisamos discutir como isso estará no patamar dos negócios ou mesmo no trabalho. Devemos pensar em níveis de atribuições. E é isso que estamos fazendo aqui. Todos precisam discutir uma forma mais consistente de utilizar e como os robôs serão utilizados”.
O treino e o ser humano serão fundamentais para a construção de um futuro de robôs artificialmente inteligentes. O que devemos fazer, de fato, é assumir uma postura de treiná-los. Isso fará diferença nas nossas vidas – e nas deles –no futuro.