A tecnologia mudou tudo. Ciências, métodos e disciplinas estão se transformando. Claro que o marketing também está sofrendo os impactos dessa transformação. Esqueça o quanto era simples aproveitar o marketing em mídias sociais ou um SEO azeitado para expandir negócios, marcas e vendas para sua empresa. Ser uma grande corporação também não garante mais seu sucesso na Web digital. Nesta apresentação, Neil Patel mostrou em detalhes o que as equipes de marketing precisam saber para crescer continuamente através do marketing digital, mesmo com os custos e a concorrência aumentando.
“Não importa o tamanho da sua empresa, o fato é que todas elas estão tipicamente utilizando as mesmas estratégias atualmente. A diferença é que quanto maior a companhia, maior a disposição para gastar dinheiro”, provocou rapidamente, o infatigável Patel. Ele se dedicou a pesquisar anúncios de centenas de marcas no Google e no Facebook, em todos os continentes, e os padrões de comunicação e repetem, tornando as marcas idênticas entre si. Patel mostrou que o grande salto de faturamento do Google cresceu exponencialmente durante a recessão de 2008-2012. Assim como os blogs. Existem mais de 1 bilhão de blogs no mundo, 1 para cada 7 pessoas. Nesse meio rigorosamente poluído de marketing digital, a maior parte das empresas está aumentando indiscriminadamente suas verbas de marketing. A mesma estratégia e seguida ferozmente por startups. Mas quais competidores perceberam que a maior parte das buscas nos mercados maduros será feita por voz já em 2020?
Pior: quantas empresas estão preparadas para estarem no topo das buscas por voz?
Marketing omnichannel
Vamos aos fatos: o marketing tende a se tornar Omni-channel. Não existe uma tática consistente baseada apenas em anúncios no Google e no Facebook. É preciso considerar os novos devices, a presença de marca em mídias sociais, blogs, influenciadores assistentes de voz. Existe também um abismo entre a taxa de conversão dos anúncios pagos e o retorno obtido por meio de estratégias de conteúdo, encontrados organicamente nos mesmo canais digitais! Isso quer dizer que a otimização da conversão é de 8 a 10 vezes superior utilizando o conteúdo em relação ao uso de anúncios patrocinados.
Neil Patel recomenda que as empresas olhem a estratégia utilizada pelos competidores, quem veicula que tipo de mensagem e em que canal. A reação natural – e errada – é simplesmente aumentar a verba no próprio Google e no Facebook. Para monitorar a concorrência, o especialista recomenda o uso de ferramentas – funcionais em B2C e B2B – como Ahrefs e Wayback Machine, que trazem dashboards com os dados dos investimentos percebidos e compilados das ações dos competidores. Dessa forma, é possível melhorar a qualidade das mensagens. Da mesma forma, ele enfatiza que as marcas precisam utilizar métricas de usuário para superar e melhorar o ranqueamento do SEO no Google. Não se trata mais de de incrementar o page rank para gerar maior tráfego de busca. A ferramenta Nutriotionsecrets.com ajuda a mostrar quais as técnicas para focar nos dados de usuário dentro do site para orientar quais as melhores palavras-chave que podem gerar o melhor tráfego em quantidade e qualidade. Foi assim que ele descobriu que palavras com menos de 5% de taxa de cliques funcionam melhor que palavras mais clicadas, assim com páginas com menos de 4% de clickthrough, e começou a usar as palavras-chave diretamente como tags e espalhadas pelo conteúdo.
Branding importa
Mas nada disso pode funcionar plenamente se a sua marca for fraca. Marcas precisam evocar credibilidade. Marcas são soluções e tiram sua empresa do lugar-comum. Anúncios bons ficam melhores quando se referem a marcas que tenham solidez, valores e imagem. É o que fez Expedia sobrepujar a Booking.com para ficarmos em um exemplo da era digital.
Patel também defende que os emails continuam efetivos, assim como gerar e estimular que o usuário assine notificações. Outra tática poderosa são o uso contínuo de chat bots, que permitem dialogar e oferecer soluções e ofertas muito rapidamente para clientes e ainda funcionam como disseminadores de conteúdo.
“Tráfego é legal, mas está longe de ser o essencial. Monetização é o que importa. E é importante pensar onde está o tráfego? Se estiver particularmente no mobile, melhor. É um sinal de que sua empresa está atuando na velocidade do cliente e permite conversões mais ágeis. As empresam precisam, definitivamente, seguir o que os dados mostram. Conversão importa mais que o tráfego”, afirma o especialista. Ele defende que as empresas precisem entender que tudo precisa ser convertido: e-mails precisam ser convertidos, em aberturas, leitura, ações, captação de mailings. Conteúdos precisam de conversão: leituras, comentários, compartilhamentos, tempo de uso. Não há nada mais tolo do que buscar ferramentas que prometam aumentar conversões a partir de aumento no tráfego. Segundo Patel isso é apenas desperdício de dinheiro. “Vale muito mais inserir conteúdos que permitam serem construídos pelos usuários – um e-book interativo por exemplo. Use e abuse de vídeos. Busque atingir taxas de 25 a 30% de leads qualificados usando e-mails. Use enquetes prévias com questões “sim” ou “não”para gerar 20% a mais de leads”. O executivo destaca ainda que jornadas e cursos convertem mais que ebooks em 10%, e os sites precisam de chamadas atrativas e vozes de comando multiplicadas ao longo do site. Nuca ofereça o conteúdo sem uma voz de comando antes. E busque obsessivamente capturar de 5 a 7 novos e-mails a cada 100 novos usuários que visitem seu site.
Conversão sim, tráfego não
Os dados precisam ser considerados em cada decisão de marketing. O foco é sempre na otimização da conversão e não no aumento do tráfego. Converter é como flertar. Mas não tem nada a ver como “amor a primeira viista”. todos queremos que um cliente visite nosso site e saia comprando. Isso não acontece na vida real!! É preciso criar constantemente apelos, interesses, conversas e cortejos para que o cliente possa se envolver com seu site e converter o que você deseja: vendas, e-mails, vendas, downloads, dados. Veja se seu site traz perguntas para o cliente – pelo menos 5, normalmente com múltipla escolha (4 opções no máximo), com imagens. Para montagem dessas pequenas enquetes, Patel recomenda leadquizzes.com. E para ganhar personalização, ele recomenda o Maxmind.com, para conhecer a localização aproximada de seu cliente. Reforce essa “intimidade” com linguagem pessoal explícita no texto.
Neil Patel impressionou a plateia pela quantidade incessante de dicas e táticas para assegurar um retorno excepcional para estratégias de marketing. Tudo está mudando rapidamente, mas estamos vivendo a era da conversão, da reduções absoluta do acessório, do superficial e do supérfluo. A comunicação hoje tem que ser feita por pessoas que se dedicam a buscar conversão sobre tudo. Não há mais espaço para quem apenas quer olhar as coisas sendo feitas ou aquelas que ficam se perguntando o que está acontecendo.