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O futuro dos aplicativos: ainda faz sentido investir nessa tecnologia?

O futuro dos aplicativos: ainda faz sentido investir nessa tecnologia?

A maneira como os apps são usados vai mudar em breve; entenda

O uso de apps está intrinsecamente ligado à nossa rotina diária. Basta apanhar o smartphone pela manhã e, em alguns minutos, já usamos, pelo menos, meia dúzia deles. Mas nesse mundo de transformações constantes eles vão manter a relevância ou serão trocados por assistentes de voz ou outra tecnologia? Qual o futuro dos aplicativos?

O Brasil é um dos países que mais usa aplicativos no mundo. De acordo com o relatório The State of Mobile 2021, da plataforma App Annie, os brasileiros passaram quase 5 horas por dia utilizando apps no ano passado, ficando atrás apenas dos indonésios em um ranking mundial.

Ao mesmo tempo, a instalação de um aplicativo não é, por si só, sinal de sucesso para a empresa que o administra. Segundo o relatório The Uninstall Threat – 2020 Uninstall Benchmarks, da AppsFlyer, 53% dos apps são removidos em até um mês depois de baixados. E em 45% dos casos, a desinstalação acontece no prazo de um dia.

Ou seja, ao mesmo tempo em que são ferramentas importantes no dia a dia, os aplicativos podem ser substituídos facilmente por uma opção melhor pelo usuário, seja ela outro app ou não. Quem está pensando em investir na tecnologia deve ficar atento e também entender como outras inovações mudam a utilização dos aplicativos pela indústria.

Para Rafael Moris, CEO e co-fundador da Joinkey, Leonardo Dominguez Dias, engenheiro de computação e diretor da Evo Systems e Denis Shirazi, CEO e fundador da startup 20DASH os aplicativos não vão acabar no futuro, mas a maneira como serão utilizados e farão parte das nossas vidas será diferente. Entenda a opinião dos especialistas.

Futuro dos aplicativos está fora do smartphone

“Eu acredito apenas no fim da maneira como são utilizados hoje, afinal aplicativos não são uma novidade. Antes o modo comum de usar um aplicativo de ligações era em um produto específico para essa tarefa, e era assim para coisas triviais como cronômetro, lanterna, saber as horas e para objetivos mais complexos como gerenciar o acesso a sua conta bancária ou da sua própria casa”, diz Rafael Moris.

“Hoje quando ouvimos falar em aplicativos pensamos em smartphones e tablets, mas do ponto de vista técnico eles estão presentes nas nossas TVs, relógios, carros, computadores e até mesmo nas geladeiras”, completa.

Para ele, a evolução da tecnologia está na interconectividade que os aparelhos ganham a cada ano e o futuro deve ter mais dispositivos “conversando” de maneira inteligente e trazendo benefícios cada vez mais significativos para o dia a dia das pessoas. Assim, os aplicativos estariam presentes na rotina, mas não da maneira como são usados atualmente.

A conexão de múltiplos dispositivos e a comunicação entre eles deve, segundo Denis Shirazi, levar ao fim do dispositivo móvel como um ponto de partida para qualquer atividade que seja exercida atualmente.

Hoje o smartphone é a principal ferramenta de uso de aplicativos, mas na medida em que TVs, caixas de som com assistentes virtuais e relógios inteligentes, entre outros gadgets, se conectam, os apps estarão em tudo de forma mais inteligente.  “Os aplicativos estarão cada vez mais consolidados em grandes plataformas e atenderão a objetivos muito específicos por diferentes meios e canais, não apenas presentes no celular”, afirma o CEO da 20DASH.

Leonardo Dominguez Dias lembra que há muitos anos se estuda a computação ubíqua, que é a computação permeada nos objetos e ambientes de maneira que sua presença não seja percebida. “Vejo que no futuro os ambientes já vão conhecer muitos de nossos gostos e preferencias e vão se adaptar a isso, não necessitando que façamos uma ação para que aconteçam”, afirma.

O diretor da Evo Systems cita como exemplo casas inteligentes, que perceberão a melhor temperatura para o banho de cada morador, sem a necessidade de a pessoa dar qualquer tipo de comando. “Além disso, em situações onde houver a necessidade de interação das pessoas com os sistemas, essa interação se dará por gestos, por voz em diferentes objetos, como espelhos, assistentes virtuais, eletrodomésticos, etc”, acredita.

Ou seja, a ideia de pegar um smartphone e apertar um botão para obter uma solução deve ficar cada dia mais distante.

A Alexa, assistente virtual da Amazon, é um exemplo. O serviço pode ser acessado por voz através dos vários dispositivos Echo vendidos pela empresa, mas também pode ser usado por um aplicativo no smartphone. O app, porém, requer poucas ações de digitação uma vez instalado e realiza todas as funções por comando de voz.

Para fazerem sentido, aplicativos devem ser interessantes e úteis

Ao criar e colocar um aplicativo no mercado a empresa deve ter em mente que a tecnologia por si só não traz mais o resultado de outras épocas.

Os apps surgiram como um canal de acesso direto e rápido a alguns serviços e funcionavam como uma opção de contato do cliente com uma marca. Hoje é preciso pensar na omnicanalidade e no app como parte de uma rede de canais conectados para oferecer ao cliente uma experiência mais completa e satisfatória.

“Investidores, aceleradoras, muitos ainda repetem fórmulas já desgastadas. Apenas ter um app já está muito ultrapassado frente ao mar de opções existentes nas lojas”, diz Denis Shirazi. Segundo o CEO da startup 20DASH, a existência de um aplicativo faz sentido quando a estratégia da empresa pede isso e o que ele oferece é efetivamente interessante para o consumidor ou público.

Em suma, assim como qualquer outra ferramenta, os aplicativos devem acompanhar as evoluções tecnológicas para se manterem não só atrativos, mas úteis. Se os comandos de voz são tendência e são cada vez mais usados pelos clientes, quem desenvolve um app deve levar isso em conta.

O iFood, por exemplo, desde o final de 2019, permite que os clientes façam seus pedidos de delivery pelo aplicativo por comando de voz utilizando a Alexa. Em janeiro deste ano, a Domino´s Pizza criou integrações com os aplicativos da assistente da Amazon e também com o Google Assistant com o mesmo objetivo. O aplicativo do Uber também oferece a opção do comando por voz. O mercado está em movimento e é preciso acompanhá-lo para continuar competitivo.

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