As franquias sentiram a crise no ano passado, mas os resultados do primeiro trimestre deste ano
mostram que o setor começa a se recuperar. Segundo balanço divulgado pela ABF (Associação Brasileira
de Franchising), o franchising registrou crescimento de 9,4% no primeiro trimestre deste ano. O valor
não desconta os efeitos da inflação do período.
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“Trata-se de um desempenho bastante significativo ao observamos todo o contexto da economia
brasileira e também em comparação aos resultados registrados no primeiro trimestre de 2016, quando a
inflação medida pelo IBGE foi de 2,62%, um índice elevado para o período. Porém, o dado revela que a
recuperação do ritmo de crescimento do franchising é gradativa, ainda abaixo de dois dígitos”,
afirmou em nota Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF.
Ao todo, o setor faturou R$ 36,8 bilhões. No acumulado dos 12 meses, o faturamento teve alta de 8,8%. No trimestre, houve um crescimento de 1,3% em número de lojas, em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram registradas 142.673 unidades de franquias no País.
“O setor promoveu ajustes em suas operações a fim de aprimorar sua eficiência, garantir sua sustentabilidade e estar em sintonia com o momento econômico. Como a crise já se estende há mais de dois anos, houve o impacto maior nos empregos gerados, mas esperamos recuperar estes postos ao longo do ano”, disse Cristofoletti.
Segmentos
Considerando o desempenho por segmento, Hotelaria e Turismo teve um faturamento maior em 31% na comparação com o mesmo trimestre de 2016, quando o segmento teve queda de 15%. Segundo a ABF, a maior estabilidade do dólar e a redução do endividamento das famílias explicam a significativa expansão.
O segundo melhor desempenho ficou com o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar, que cresceu 17% no
mesmo período. A procura por produtos e serviços da área, o crescimento de franquias de clínicas
populares e a diversificação de canais de venda das redes de cosméticos são fatores que contribuíram
para esse crescimento.
Limpeza e Conservação registrou o terceiro melhor desempenho, com variação positiva de 16% no período pesquisado. O segmento mostrou ganhos de eficiência ao reduzir o número de unidades e aumentar o faturamento.