O recuo da inflação e a liberação das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) incentivaram os paulistas a comprarem mais itens do varejo durante o primeiro trimestre deste ano, em São Paulo.
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Segundo a pesquisa da ACVarejo da Associação Comercial de São Paulo, o volume de vendas ainda está em queda (4,2% em relação ao ano passado), mas já apresenta um cenário melhor que a comparação entre 2016-2015, cuja retração trimestral marcou 9,3%.
As retrações podem ser explicadas, segundo a associação, pelo desemprego, redução de renda e menor disponibilidade de crédito, o que impacta no confiança do consumidor.
Por meio de nota, a ACSP disse que o enfraquecimento das quedas deve continuar nos próximos meses, impulsionada pela redução de juros feita pelo Banco Central. Mas que os acontecimentos políticos e econômicos podem impactar nesse processo.
Crescimento e queda
Os setores de autopeças e acessórios lideraram o crescimento das vendas no varejo do primeiro trimestre deste ano, avançando 2,4% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Para Alencar Burti, presidente da ACSP, o aumento o está relacionado ao câmbio. “A recuperação desse setor acontece principalmente porque ele é orientado para as exportações e o Estado de São Paulo é o principal polo industrial”.
As lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos também venderam mais nos três primeiros meses, impulsionadas principalmente pelas vendas pela internet.
Entre os que mais perderam vendas no início do ano estão o setores de farmácia e perfumarias (-10,7%) e outros tipos de comércio varejistas como combustíveis, lubrificantes, livros jornais, revistas e papelarias, além de árticos recreativos e esportivos.