As paralisações dos caminhoneiros em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis podem acarretar perdas de vendas de até R$ 570 milhões por dia ao varejo só na cidade de São Paulo, segundo a FecomercioSP. A entidade patronal aponta ainda que o prejuízo diário pode chegar a R$ 1,8 bilhão no estado e R$ 5,4 bilhões no cenário nacional.
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A greve vai para seu quinto dia nesta sexta-feira. A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) organizou uma reunião na noite de quinta-feira (24) com o governo, mas não houve acordo para além do que já havia sido combinado entre as partes. Os sindicalistas afirmam que a greve será estendida até que o governo anuncie no Diário Oficial a isenção da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que incide sobre os combustíveis.
Pedro Parente, presidente da Petrobrás, havia anunciado a decisão de reduzir o preço do diesel em 10% nas refinarias, mas a medida, que já foi aprovada na Câmara, precisa passar no Senado. O Congresso havia dado prazo de duas semanas para analisar a isenção, mas decidiu convocar uma sessão extraordinária para esta sexta-feira (25).
Problemas no abastecimento
A Fecomercio afirma que “o setor de abastecimento já está em dificuldades para atender à demanda da população, que, assustada com as notícias, corre para os principais pontos de venda a fim de garantir o seu estoque”, diz comunicado da entidade patronal.
O setor aéreo também sofre com iminentes paralisações. O SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) disse, em comunicado, que treze aeroportos poderiam ficar sem combustível na quinta-feira caso não houvesse reposição de querosene. Alguns dos aeroportos citados pela entidade são Brasília (DF), Santos Dumont (RJ), Congonhas (SP), Confins (BH) e Recife (CE). A direção do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) orienta os usuários do sistema a entrar em contato com as companhias aéreas antes de tentar o embarque.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem escoltado caminhões-tanque até os aeroportos para que não haja paralisação do sistema aéreo.
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