O volume de flores e plantas comercializado para o Dia das Mães este ano deve ser superior a 5% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram negociados aproximadamente 19 milhões de unidades. A estimativa é do departamento Comercial da Cooperativa Veiling, que atua com venda e logística no setor.
O faturamento do setor deve atingir 8% de crescimento. Uma perspectiva bastante positiva visto que, de forma geral, o comércio varejista prevê índices em torno de 2% no crescimento nas vendas, segundo números da FCDLESP (Federação das Câmaras Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).
Para o segmento de flores e plantas, o Dia das Mães é a data de maior movimentação mercadológica. A Flores Online, primeiro e-commerce de flores e presentes especiais do país, espera registrar cerca de 15 mil pedidos na ocasião, um crescimento de 2.307% em comparação com os dias comuns. “Diferentemente das outras datas sazonais, as vendas do Dia das Mães são realizadas ao longo da semana com entregas programadas para o final de semana, principalmente para o domingo. No ano passado, foram aproximadamente 11 mil pedidos em todo Brasil, a cada ano que passa percebemos um crescimento da procura por flores no e-commerce, mostrando o quanto um gesto delicado pode demonstrar amor”, conta Luiz Torres, CEO da Flores Online.
Para a data, os grandes protagonistas são os arranjos de flores do campo, que representam mais da metade das vendas, seguidos pelas orquídeas e rosas coloridas. Já entre os acompanhamentos, os mais solicitados são chocolates e vinhos, além de cestas de café.
70% das vendas do mês
A Giuliana Flores, maior e-commerce de flores do Brasil, que detém 60% do marketshare do país, contratou 60 funcionários temporariamente para suprir o aumento da demanda no Dia das Mães. A expectativa é que o faturamento seja 30% mais alto em relação ao mês de maio de 2018. Os dias 10, 11 e 12, deste ano, representarão 70% do faturamento de todo o mês de maio, cerca de 30 mil pedidos em todo o país.
Na Cobasi, a área de Educação Corporativa ensina os funcionários a trabalhar diferentes arranjos. A gerente de marketing, Daniela Bochireforça, afirma que “um dos diferenciais da Cobasi na venda de arranjos é que o serviço de elaboração não é cobrado, o cliente só paga os materiais utilizados como o vaso, as flores, a terra e etc, ficando mais barato do que se comprasse em uma floricultura, por exemplo”.
A Cobasi é conhecida por seu varejo pet, mas as lojas trabalham também com itens para casa, piscina e jardinagem. Esta última é a segunda com mais SKUs na empresa, ficando atrás apenas da área pet. As vendas da área de jardinagem crescem exponencialmente nessa época, segundo a Cobasi, que vem sendo cada vez mais reconhecida como um local de compra de flores “No ano de 2018 crescemos 25%, neste a expectativa é de 30%”, afirma Daniela.
Leilão e redução de perdas
A Cooperativa Veiling Holambra (CVH) é atualmente um dos principais centros comercial e logístico de flores e plantas do Brasil. Seu sistema de pregão diário (leilão de flores e plantas), onde compradores disputam lotes em igualdade de condições, é inspirado no modelo existente na Holanda, onde está implantado há mais de 120 anos. O sistema é fundamentado na concentração diária de oferta e procura de produtos, sendo distribuídos simultaneamente conforme a progressão das vendas. Na tribuna, compradores de todo o país disputam os lotes ofertados. São mais de 10 mil transações comerciais realizadas nos dias de maior movimento, na época do Dia das Mães.
Para organizar o fluxo cada vez maior de visitantes nas feiras de Holambra, tradicional cidade das flores no interior de São Paulo, a cooperativa tem implementado tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) para controlar a circulação e distribuição de produtos e Material Circulante. Apontada como um avanço no controle de todo o fluxo logístico interno e externo registrado pela CVH, a tecnologia tem reduzido custos com perdas, um dos grandes dramas do mercado de flores e que mais impactam o preço final do produto.