A Brasil Pharma apresentou prejuízo líquido de R$ 230 milhões no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados pela companhia. O resultado foi maior do que o verificado no primeiro trimestre do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 86,5 milhões. No último trimestre de 2016, o prejuízo foi de R$ 322 milhões.
No período, as vendas apresentaram forte queda de quase 75%, para R$ 135,3 milhões. “A redução apresentada foi principalmente em função do desequilíbrio no capital de giro devido, principalmente, à redução do nível de estoque”, justificou a empresa em relatório.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
Apesar disso, a companhia registrou boa recuperação de margem bruta entre os mesmos períodos, reduzindo o impacto causado pela queda das receitas.
No período, as vendas em mesmas lojas caíram 76,5%. “O nível de desabastecimento entre os exercícios comprometeu o desempenho e levou ao índice negativo entre os períodos”.
Dívida e crédito
A empresa não tem apenas notícias ruins. No primeiro trimestre, a empresa conseguiu captar R$ 511 milhões com emissões de debêntures mudando, assim, o perfil da dívida e resgatando a confiança com os fornecedores.
No período, a posição de dívida bruta era de R$ 891,6 milhões, composta por R$ 595,3 milhões em empréstimos e financiamentos e R$ 296,2 milhões em debêntures. A dívida líquida encerrou com saldo de R$8 15,7 milhões.
A posição de caixa ao final de março foi de R$ 45,3 milhões, representando um aumento de R$ 36,3 milhões quando comparada ao mesmo trimestre do ano passado.
“A recomposição do capital de giro permitiu a retomada de crédito com fornecedores e o abastecimento das bandeiras. Como consequência, a Companhia registrou crescimento nos estoques durante o primeiro trimestre, imprescindível para o processo de retomada do nível de vendas”, disse a companhia.
Mudanças
“A Companhia intensificou os esforços para melhora operacional e financeira, assim, manteve avaliação de oportunidades para reestruturação das dívidas financeiras, com isso, reduziu o nível de endividamento de curto prazo, no contexto das atividades operacionais, em que a Companhia mantém austero foco, reverteu a tendência de redução dos estoques, obtivemos sucesso no controle e manutenção dos níveis de margem bruta e realizamos redução real das despesas administrativas e com vendas em termos absolutos”, disse a empresa.
Ao todo, a companhia encerrou o trimestre com 226 lojas, sendo 219 da marca Big Ben e 117 da marca Sant’Ana. Ao todo, no período, foram fechadas 37 unidades da bandeira Big Ben. Já as franquias da marca Farmais operam com 448 lojas.