O desemprego em alta e as indefinições causadas pela crise política são os principais motivos para as famílias paulistanas gastarem e, portanto, se endividarem menos. O reflexo disso foi visto em junho, cuja inadimplência se manteve estável após três meses de altas consecutivas.
O levantamento foi feito pela FecomercioSP. Segundo a entidade, mesmo com a desaceleração da inflação e queda de juros as famílias de São Paulo optaram por uma postura mais conservadora em relação ao endividamento.
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Em junho, 49,7% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, uma queda de 2,7 pontos percentuais na comparação com maio. No comparativo com o mesmo mês de 2016, o endividamento se manteve estável.
O número absoluto do total de famílias endividadas passou de 2,028 milhões em maio para 1,925 milhão em junho.
Divisão por renda
As famílias que ganham até 10 salários mínimos correspondem a maior parcela de endividados. Em média 55% das famílias desse grupo estão com dívidas, uma queda de 2,1 pontos percentuais em comparação a maio.
As famílias com renda superior a 10 salários mínimos também registraram alto nível de endividamento, 34,4% mais especificamente. O valor é menor 4,4 pontos percentuais em relação a maio deste ano.
A maior parte das famílias endividadas têm entre 11% e 50% da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas.