A ruptura em supermercados – ou seja, a falta de produtos nas lojas em relação ao total de itens – alcançou os 12,59% em julho, segundo pesquisa realizada pela NeoGrid, empresa de soluções de supply chain. O percentual indica crescimento de 29% em relação ao mês anterior, quando era de 9,76%.
Uma das principais causas da falta de produtos nas lojas é a falha logística, que representa 58,51% da ruptura – isso significa que os produtos não estavam disponíveis na gôndola ou porque o varejo não colocou o pedido para o fornecedor ou por falha na entrega.
?Com receio de uma possível retração nas vendas, o varejo passou a se preocupar ainda mais com os excessos de estoque e a diminuir os pedidos para a indústria ? e um dos reflexos desse comportamento é a falta de produtos nas prateleiras?, afirmou, em nota, o diretor de relacionamento do varejo e indústria da NeoGrid, Robson Munhoz.
Para ele, a alteração na ruptura pode estar relacionada a fatores como a insegurança dos varejistas diante do momento de instabilidade econômica do país.
Nos outros 40,81% dos casos, as falhas foram referentes à execução de loja: gôndola desabastecida (o produto estava disponível no estoque físico da loja, mas a prateleira não foi reabastecida) e estoque virtual (o número de produtos que consta no sistema de informações da loja é diferente da quantidade que, fisicamente, está disponível para venda ao consumidor).
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