A falta de produtos nas gôndolas fez o varejo perder R$ 800 milhões em vendas em setembro, segundo pesquisa da Nielsen/Neogrid. No mês, as perdas registraram 3,2% – o maior porcentual desde outubro de 2014 – bem maior que os 2,68% registrados em agosto.
Isso significa que o número de vezes que o consumidor tentou comprar determinado item, mas ele não estava disponível na prateleira cresceu 19% no mês.
Problema constante do varejo, a falta de produtos nas prateleiras é resutado de falhas em vários processos – de logística à reposição na loja. E em momentos de crise, não dar ao consumidor o que ele procura é perder resultados à toa.
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“Em um momento de incerteza da economia, ter demanda e deixar de atender o consumidor por falhas de reposição de produtos na gôndola é falta grave e afeta a competitividade do varejo e da indústria, que estão deixando de vender?, disse em nota Robson Munhoz, diretor de relacionamento varejo e indústria da NeoGrid.
Dentre as causas das perdas de vendas apuradas pela NeoGrid, está a falha de execução nas lojas (56,04%). Desse total, 11,22% se referem à gôndola desabastecida (o produto estava disponível no estoque físico, mas a prateleira não foi reabastecida); e 44,82% ao estoque virtual (diferença no número de produtos que consta no sistema de informações da loja e a quantidade que, fisicamente, está disponível para venda ao consumidor).
A outra causa para as perdas é a falha logística. Em 43,21% dos casos, os produtos não estavam disponíveis no varejo ou porque pedido não foi colocado para o fornecedor ou por falha na entrega. ?O varejo continua receoso, comprando menos com medo de que a mercadoria fique encalhada na gôndola?, completou Munhoz.
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