Como anda a sua vida financeira? De acordo com um estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 76% dos consumidores consideram que a vida financeira pessoal continuou igual ou pior do que em 2016.
O estudo avaliou também os motivos pelos quais as finanças permaneceram nesse estado. Dessa forma, descobriu que os motivos relacionados à crise são os que têm destaque: 34% atribuem a piora à queda da renda familiar, 32% mencionam o fato de não conseguirem mais poupar como antes e 30% culpam o desemprego. Entre a minoria que notou alguma melhora na situação financeira pessoal, a razão mais considerada é o controle do próprio orçamento – motivo mencionado por 37% dos entrevistados em questão.
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Para lidar com essa condição, 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos e trabalhos extras. O desemprego passou a fazer parte da realidade de 36% dos consumidores entrevistados e 35% precisaram recorrer a empréstimos bancários ou ajuda de familiares para organizar o orçamento. Apesar de serem minoria, 26% de entrevistados precisaram vender algum bem para conseguir dinheiro.
Com menos dinheiro, 38% dos entrevistados entraram para os cadastros de inadimplentes devido ao não pagamento das contas. Além disso, segundo o estudo, 51% admitiram ter ficado vários meses ao longo deste ano com as contas no vermelho, enquanto 56% não estão conseguindo pagar todas as contas em dia.
Em atraso
As contas, contudo, se dividem entre diversas categorias. Como mostra a pesquisa, 28% dos consumidores brasileiros se encontram atualmente em atraso no pagamento das contas de água e luz, enquanto cartão de crédito e cheque especial alcançam 31% e 16%, respectivamente. Cartões de loja (26%), contas de internet (27%), telefone (24%) e TV por assinatura (21%) também deixaram de ser pagos.
“Apesar de o ano ter registrado alguns ganhos na economia, como a desaceleração da inflação e a queda das taxas de juros, o consumidor continua imerso em um ambiente de poucas certezas, vendo o desemprego ainda crescer e a renda mais curta para consumir”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.