A criatividade humana é capaz de transformar espaços e negócios mundo afora. Prova disso são as inúmeras histórias de inovações que surgiram a partir da necessidade de diversas pessoas. Aqui no Brasil, na cidade de São Paulo, um exemplo é um galpão que um dia abrigou uma indústria metalúrgica mas, hoje, recebe os mais diversos eventos.
O espaço ARCA, como é chamado, foi descoberto pelos sócios Mario e Mauricio que, em 2017, buscavam novos locais para a realização de eventos de música em São Paulo. “Procurávamos espaços com características únicas, originais, e foi então que encontramos este fantástico galpão”, conta. “Foi um caso clássico de amor à primeira vista”.
Como afirma Mauricio Soares, onde muitas pessoas viam sujeira e degradação, ele e o sócio viram possibilidades. Buscamos, então, complementar nossas experiências e competências com pessoas que também enxergassem este enorme potencial e pudessem formar conosco a equipe de desenvolvimento da ARCA”, diz. “Por isso, Andrea e Tatiana se juntaram a nós”.
Hoje, então, a ARCA é liderada por quatro sócios: Andrea Galasso, Mauricio Soares, Mario Sérgio de Albuquerque e Tatiana Aulicino. Soares explica que a ligação entre passado, presente e futuro está no DNA da ARCA. Na origem há, também, a consciência sobre o papel do empreendimento na transformação do seu entorno, afinal, criou-se um
fluxo de pessoas e organizações que, de outra maneira, não haveria. “Entendemos que podemos ter participação ativa na construção de um futuro melhor e mais harmonioso para a região, sempre pautados em diálogo e colaboração”, afirma.
O propósito de um espaço inovador
A ideia é ser mais do que um espaço para festas, mais do que um centro de convenções ou espaço de feiras. Queríamos construir algo que se tornasse referência no mercado, atuando na convergência entre criatividade, tecnologia, arte, inovação e entretenimento”. E deu certo. Soares revela que a ARCA tem o propósito de atrair, acolher e promover os eventos mais relevantes do mundo. “É um propósito um tanto ambicioso, mas acreditamos que é possível realizar uma nova revolução industrial, tão potente e relevante quanto aquela que transformou a Vila Leopoldina (local onde está localizado o espaço) na primeira metade do século passado”, afirma. “A diferença é que desta vez estamos falando da indústria criativa”.
Mas será que é possível espalhar a inovação pelo País? Questionado sobre o desenvolvimento da capacidade criativa no Brasil, Soares afirma ter uma visão bastante otimista, apesar dos obstáculos burocráticos e da predominância de uma cultura organizacional conservadora que ainda pode ser percebida em muitas empresas. O ponto positivo, como ele reconhece, é a criatividade do brasileiro, que reflete a capacidade de solucionar problemas. Com isso, formam-se muitas perspectivas positivas para o futuro da inovação.