Um levantamento feito pelo Mastercard apontou crescimento modesto no varejo no mês de agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 0,8% de alta no volume total de vendas do varejo restrito, que exclui as vendas de automóveis de materiais de construção. Não fossem as vendas no e-commerce, o resultado teria sido negativo.
Os números são do SpendingPulse, relatório mensal da Mastercard sobre gastos no varejo nacional e o desempenho do consumo.
Segundo o relatório, a média dos últimos três meses permanece positiva, totalizando 1,2% de crescimento. Levando em conta apenas o e-commerce, o crescimento foi considerável, 17,4% no total de vendas na comparação com agosto de 2017. Na internet, os setores de eletrônicos, artigos farmacêuticos e móveis puxaram a alta. Já vestuário e hobby e livraria ficaram abaixo do crescimento médio do canal.
A estagnação do varejo como um todo acompanha os índices de melhora na renda, na confiança do consumidor e redução da taxa de desemprego. Segundo César Fukushima, economista-chefe da Mastercard Advisors no Brasil, o Dia dos Pais também não foi suficiente para impulsionar os resultados. “Essa tendência deve permanecer até o final do ano, com meses de crescimento modesto pela frente”, afirma Fukushima.
Por região
As regiões Nordeste e Sul foram as que mais cresceram em agosto, com 1,7% e 1,2% respectivamente. Sudeste teve retração de 0,9% e foi a região com o pior desempenho. Norte, com -0,6%, e Centro?Oeste, com -0,4%, também diminuíram em relação a agosto do ano passado.
Varejo ampliado
Cinco setores tiveram crescimento acima do indicador de vendas totais: móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, material de construção, supermercado e artigos de uso pessoal e doméstico. O setor de combustíveis foi o único que apresentou performance abaixo da média.