O e-commerce é a nova fronteira do mundo do varejo. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCoom), o comércio eletrônico deve crescer quase 20% em 2023, chegando a um faturamento de R$ 185,7 bilhões. Embora a participação no valor geral de comércio seja relativamente pequena, é importante destacar o crescimento crescente e exponencial do formato.
Para firmar-se como e-commerce, então, é preciso focar no crescimento interno e externo e entender onde investir. A Intellibrand e o Grupo Heineken se uniram para avaliar desempenhos de comércios eletrônicos e separar indicadores essenciais que merecem atenção.
Luiza Fontana, gerente de e-commerce na Heineken Brasil, ressalta a como é mais fácil e certeiro entender o consumidor a partir dos meios digitais. Afinal, no ambiente online, dá para entender diversos insights que ajudam nas decisões comerciais – tanto online quanto físicas. A Heineken, por exemplo, é uma das cervejas mais compradas do e-commerce; portanto, é oferecida em plataformas de varejo geral, lojas em apps de comércio e plataformas de consumidor final.
André Santa, head de Novos Negócios e Marketing para América Latina na Intellibrand, ressalva que existem, porém, padrões diferenciados para uma métrica certeira, e todos devem ser considerados quando há análise para busca de resultados: “Existem diversos critérios como promoção, preço, posicionamento, disponibilidade e mix de produtos, conteúdos, comentários e avaliações, taxas de ruptura de estoque, imagens e busca… Esses são os critérios mais habituais para acompanhamento e permitem traçar estratégias precisas, além de garantir bons resultados.”
Índices para impulsionar e-commerce
Fontana e Santa separaram alguns fatores principais para ficar de olho e ter certeza que o potencial do e-commerce é explorado. O primeiro deles é a Ocasião de Consumo. É necessário entender os comportamentos do cliente do e-commerce e entender seus desejos. Assim, é possível moldar para atendê-los: “Satisfazer aos comparadores em múltiplos canais, dispositivos e ambientes, seja na loja física ou no comércio eletrônico, é crucial para garantir que suas necessidades sejam satisfeitas”, diz Fontana.
Outro ponto para prestar atenção são os Mecanismos de Busca. Estes refletirão como, em quais momentos e por quem determinada marca é procurada. Isso ajuda a entender marcadores de crescimento e moldar termos para uma melhor conversão. “Existem diversos fatores que influenciam nos resultados de busca do produto online, como: ordem de texto baseada em caracteres; título ou descrição do produto; palavras-chave; taxonomia e ordem com base no menu; taxa de venda; tráfego do produto; conversão; taxa de vendas e eficácia de custo…” explica Santa.
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A loja e navegabilidade também são essenciais para o e-commerce. De acordo com uma pesquisa feita pela Globo e MindMiners, as pessoas que compram online têm suas lojas e marcas favoritas. Eles pesquisam principalmente nos sites e apps que já confiam e compraram antes. Além disso, 64% disseram que fatores como rapidez e facilidade na compra são critérios essenciais para gostarem de um e-commerce.
Fontana explica que, então, é essencial ter um e-commerce simples e explicativo. “O consumidor espera, por exemplo, […] o uso de hero images – que destacam as principais informações do produto disponíveis na embalagem – para facilitar a identificação da jornada de compra, visto que ela se inicia no celular, ou seja, em telas menores.” Santa acrescenta: “No comércio eletrônico é indispensável que seu produto esteja exposto na gôndola digital com todas as informações necessárias – descrição completa, títulos coerentes, imagens em diversos ângulos, com o máximo de detalhes possíveis e excelente qualidade.”
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