Se o varejo físico enfrentou um período morno no último trimestre, o mesmo não se pode dizer das vendas online. Novo relatório do Mastercard SpendingPulse, que mede a atividade no setor, mostra que o e-commerce no Brasil registrou crescimento de 7,3% no período de junho de 2018 a junho de 2019. Essa alta se deve principalmente às vendas em farmácia, eletrônicos e vestuário.
Enquanto no segundo trimestre deste ano as vendas em geral desaceleraram 0,1% em relação ao mesmo período no ano anterior, no que diz respeito ao varejo online, houve crescimento de 8% na mesma comparação.
O estudo também analisou o desempenho das vendas totais – somando tanto o varejo físico quanto online. Neste caso o crescimento foi pequeno: 0,5% do ano passado para 2019. O resultado deixa de fora apenas os setores de automóveis e materiais de construção.
“A confiança do consumidor está sendo testada devido à contínua incerteza econômica e política. Isso se reflete nas vendas no varejo, que eram essencialmente estáveis”, afirmou César Fukushima, diretor de análise da Mastercard no Brasil, em entrevista à Reuters.
Apesar de produtos farmacêuticos, itens pessoais e domésticos e vestuários terem se destacado entre os itens mais comercializados, setores de supermercados, combustíveis, móveis e eletrodomésticos tiveram crescimento abaixo do esperado.
Outro setor que tem registrado alta é o varejo de moda. Sete das 9 empresas listadas pela B3 (a bolsa de valores oficial no Brasil) registraram crescimento acima da Ibovespa. Juntas elas totalizaram valor de mercado de R$ 82,6 bilhões, com crescimento de 23,7% (cerca de R$ 16,5 bilhões).
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