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5 dicas para realmente utilizar todo o potencial do Big Data, segundo o Google

5 dicas para realmente utilizar todo o potencial do Big Data, segundo o Google

O conceito é largamente discutido, mas poucas organizações podem se considerar data-driven de fato. Veja dicas do presidente do Google no Brasil

A inestimável gama de informações que o mundo digital gera proporcionou novos horizontes e caminhos estratégicos às empresas. Os dados são muitos e rastreáveis. Segundo o Google, aproveitar esse panorama para identificar comportamentos e tendências dos consumidores é quase obrigatório para quem quer escalar e estar à frente da concorrência.

“Essas informações capturadas todos os dias precisam ser refinadas e transformadas em inteligência capaz de gerar riqueza para as empresas. Não adianta ter centenas de milhões de terabytes de dados se eles não forem acionáveis”, diz o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, na plataforma ThinkWithGoogle.

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Junto ao Head de Big Data, Rafael Russo, o dono do cargo mais alto da gigante de tecnologia em território nacional elenca cinco passos para ser uma empresa data-driven, conceito usado para desenhar estratégias de marketing e demais ações de negócio baseadas somente a partir da análise e do cruzamento de dados.

1) Pessoas

“É essencial que haja um esforço da empresa em correr atrás das pessoas que possam ajudar essa transformação a acontecer, e elas têm perfis profissionais bastante específicos, como, por exemplo, o CDO (Chief Data Officer).

O CDO é um dos líderes mais importantes para as organizações interessadas nessa mudança de direcionamento. Em 2015, apenas 25% das grandes empresas tinham esse cargo, no entanto, um estudo da Gartner estima que, em um futuro próximo, esse número alcançará 90%.

Mas é claro que apenas líderes não bastam, também são necessários outros profissionais capacitados. Um dos perfis mais valorizados para isso é o do cientista de dados, especialista que trabalha na intersecção entre matemática, negócios e sistemas de informação.

Infelizmente, hoje esses dois perfis são escassos no Brasil. Mas a boa notícia é que já temos diversas faculdades do País oferecendo especialização, MBA ou mestrado nessa área do conhecimento, além de um grande número de cursos de educação a distância disponíveis – muitos oferecidos por instituições internacionais renomadas. Com tamanha demanda no mercado, a tendência é que o interesse por essa profissão cresça rapidamente nos próximos anos”.

2) Processos

“As operações e processos das empresas data-driven apresentam diferenças cruciais em relação às empresas tradicionais. A principal é que nelas os dados não ficam isolados em silos, mas trabalham de forma integrada. Na prática, isso significa que as informações não são armazenadas nos computadores individuais de cada funcionário, mas disponibilizadas na nuvem, para todos dentro da organização.

Por exemplo, em vez de o relatório de vendas ficar disponível apenas para o gerente comercial, ele pode ser acessado em tempo real pelo marketing e pela área de compras.

Assim, é possível deixar de trabalhar com base na produtividade individual e trazer a inteligência coletiva para resolver o problema da empresa como um todo. Ao fazer isso, você deixa de acumular trabalhos em filas para tornar o processo automático, ágil e em tempo real”.

3) Assets

“Quando falamos de assets, nos referimos às propriedades digitais de sua empresa, e um dos pontos mais importantes se chama velocidade móvel.

Os consumidores não aceitam mais ficar esperando quando acessam um site mobile. Mais da metade dos consumidores abandonam sites móveis quando não carregam em menos de 3 segundos. Para grande decepção, 75% dos sites mobile das maiores marcas do Brasil demoram mais de 20 segundos para carregar. Isso impacta nos resultados para a empresa e na qualidade dos dados capturados – afinal, que dados você vai gerar se o cliente abandonar seu site ou desinstalar o seu app?

Por exemplo, o Walmart descobriu que para cada segundo a menos de espera no carregamento de seu site mobile, as conversões aumentavam 2%. Na última atualização, eles enxugaram 4 segundos do tempo de loading, resultando em um incremento de 8% nas conversões. Imagina o que é isso pra uma empresa desse tamanho”.

4) Dados

“Ao falarmos de dados, é imprescindível que as empresas tenham uma política transparente, responsável e segura, e que ofereçam aos usuários maneiras claras de controlar as informações que são coletadas e armazenadas sobre eles. Confiança é fundamental.

Dito isso, para começar, reúna as informações que você já possui sobre seus clientes – elas são a coisa mais importante nesse início da sua jornada em direção ao modelo data-driven. Se esses dados estiverem armazenados offline, é muito importante transferi-los para um único ambiente digital. Isso irá ajudar a melhorar a rentabilidade dos seus investimentos em marketing, afinal, o consumidor é um só, alternando continuamente entre o on e offline.

A mágica acontece mesmo quando somamos as informações de seus clientes aos dados de pessoas que se engajaram com o Google – disponibilizados sempre de forma agregada e anônima.

O Google tem sete plataformas com mais de um bilhão de usuários – uma combinação de on e off que nos permite oferecer um entendimento do consumidor como nenhum outro player. Estamos falando de bilhões de sinais que, por meio de machine learning, permitem uma comunicação muito mais focada com os consumidores, revelando intenção deles em tempo real e permitindo a ampliação do alcance em muitas vezes.”

5) Tecnologia

“Por fim, o último dos 5 pilares: tecnologia. Um exemplo simples de tecnologia é o Google Meu Negócio, uma ferramenta que permite ter dados de toda a jornada do consumidor, que 60% das vezes passa pelo digital, mesmo que a compra ocorra em uma loja física. Para isso, você precisa garantir a presença de suas lojas físicas no online, e o Google Meu Negócio funciona como uma grande vitrine de entrada: ele fornece ao consumidor endereço, telefone, horários de funcionamento e de pico, avaliações, entre outras informações úteis.

Milhões de pessoas recorrem todos os dias ao Google Search e Google Maps para encontrar essas informações antes de visitar uma loja, e é o Google Meu Negócio que alimenta essas respostas. As buscas que usam o termo “perto de mim”, por exemplo, cresceram 75% no ano passado. Se o seu cadastro ali estiver atualizado – e ele é 100% gratuito, o consumidor vai conseguir ver informações corretas e tomar melhores decisões.

Um grande varejista brasileiro colocou suas lojas no Google Meu Negócio e teve mais de 20 milhões de visualizações por mês — orgânicas e gratuitas. Com isso, a experiência do consumidor melhora e você passa a contar com dados preciosos sobre o processo de decisão de compra, inclusive visualizando estatísticas sobre visitas a suas lojas físicas de clientes que clicaram em seu anúncio digital”.

Nuvem

“E a tecnologia não para por aí. A computação em nuvem, por exemplo, está permitindo finalmente viver o sonho de tornar o big data acionável. Imagine um grande lago – um Data Lake – onde você consegue juntar todas as suas fontes de dados e disponibilizá-las de um jeito ágil, eficiente e acionável para seus executivos. Com a tecnologia de nuvem, finalmente, podemos viver esse sonho de acionar, de forma rápida e fácil, os dados que precisamos.

Agora imagine usar esse acesso para melhorar a experiência do consumidor e aumentar a eficiência de operações e marketing. Em Cingapura, o McDonald’s se fez três importantes perguntas: quais são as lojas mais e menos movimentadas? Quais os tempos de espera pelas entregas? Onde estão os consumidores interessados em delivery naquele exato momento?

Cruzando essas informações em tempo real e usando nossas plataformas avançadas de marketing, eles otimizaram suas campanhas para só mostrar peças falando do delivery para consumidores em regiões onde a entrega pudesse ser rápida. Isso gerou um aumento de 58% no retorno sobre o investimento publicitário, incrementou as vendas em 9% e propiciou um salto na satisfação dos consumidores”.

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