O Dia das Crianças é uma data importante para os brasileiros – tão importante que as contas podem ficar para segundo plano. Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 75% dos brasileiros devem ir às compras na data em 2017. Desses consumidores, 25% comprarão presentes mesmo estando com o nome negativado.
Fora isso, 27% dos entrevistados que têm intenção de comprar têm pelo menos uma conta em atraso. “Para quem está inadimplente, mesmo que os valores possam parecer inofensivos, todo esforço deve ser direcionado ao pagamento das dívidas. Já para quem está com as contas em dia, a palavra de ordem é planejar os gastos, pesquisa preços e pagar à vista”, orienta Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
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O gasto médio com os presentes deve ser de R$ 194 – sendo que 55% dos brasileiros ainda não sabe quanto gastará na ocasião. A maioria pagará os produtos à vista (61%) e vai comprar apenas um presente (44%). O cartão de crédito será opção de 21% dos consumidores. A dica central da economista é que os brasileiros optem pelo pagamento à vista. “Em um momento em que o desemprego segue elevado, o consumidor deve evitar compromissos financeiros de longo prazo”, destaca.
De olho na economia
De acordo com a pesquisa, mais de um quarto (34%) dos entrevistados vão frear o consumo porque precisam economizar. Outros fatores que fazem os brasileiros reduzirem seus gastos são as dificuldades no orçamento (32%), o aumento dos preços e a economia do país ainda instável (21%), a escolha por comprar menos presentes (12%) e ter de priorizar outros tipos de compras (11%).
Há ainda 10% que se veem impossibilitados de comprar presentes porque tiveram redução salarial e 6% estão desempregados. Entre os entrevistados que irão gastar mais, 38% alegam que vão comprar um presente melhor.
Mesmo com a inflação atual mais comedida, a maioria dos consumidores (55%) acredita que os preços dos presentes estão mais caros em 2017 do que em 2016. Na percepção dos brasileiros, a culpa é da crise econômica, apontada por 71% dos entrevistados.
Uma saída encontrada para economizar é dividir o valor com outras pessoas, apontada por 19% do público. O ranking dos presenteados fica entre os filhos (48%), netos (25%), sobrinhos (19%) e afilhados (10%).