A existência do setor de Benefícios já mostra que, entre as empresas, há algo que durante muito tempo não foi comum: o interesse pela qualidade de vida dos funcionários. Contudo, esse complexo tema passou a fazer parte do cotidiano das companhias a partir do momento em que o colaborador decidiu ser mais do que um mero trabalhador: ele também quer ser humano empoderado – e tratado como tal.
Mas é inegável que qualidade de vida é uma questão que pode ter muitas interpretações. Como saber se um colaborador tem ou não qualidade de vida? Mais do que isso, como é possível saber qual é a percepção dos funcionários sobre a situação em que vivem? A Sodexo se interessou por esse tema e, durante muitos anos, trabalhou na construção de dimensões capazes de englobar os fatores relevantes para a qualidade de vida do colaborador.
Esse tema foi discutido pela empresa no XVI Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, que aconteceu no Sírio Libanês, em São Paulo. Na ocasião, Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Sodexo Benefícios e Incentivos no Brasil, apresentou as dimensões em questão: interação social; ambiente físico; facilidade e eficiência; crescimento pessoal; reconhecimento; saúde e bem-estar.
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A partir dessas dimensões, a empresa desenvolveu o Índice de Qualidade de Vida, que começou a ser apurado neste ano. A partir de um questionário online, são feitas perguntas relacionadas às dimensões. A ideia, de acordo com Cosenza, é que esse índice seja calculado por tempo indeterminado, construindo uma série histórica. No próximo ano, por exemplo, já será possível fazer comparações entre trimestres e anos.
No trimestre compreendido pelos meses de fevereiro, março e abril de 2017, a Sodexo identificou, então, um índice geral de 5,83 – o máximo é 10. A partir dos dados, a empresa percebeu que os homens, de 35 a 54 anos, são quem mais percebe a vida de forma positiva. Por outro lado, quando é feita uma análise sobre aqueles que tem uma percepção ruim sobre a qualidade de vida, quem se sobressai é o público de 25 a 34 anos, tanto feminino quanto masculino.
Questionado sobre os motivos que levam a essa situação, o executivo comenta que “o público que tem entre 25 e 34 anos pode estar procurando emprego e não encontrando vagas”. De fato, como Cosenza afirma, o Brasil chegou a um patamar de desemprego preocupante – e isso pode desanimar o público mais jovem.
Por outro lado, ele analisa que uma das hipóteses para a positividade do público masculino de 35 a 54 anos é a renda. Com pós-graduação já feita, esse indivíduo tende a se sentir mais seguro e confortável em termos de qualidade de vida. Contudo, o executivo ressalta: o índice não funciona como um termômetro da sociedade brasileira, uma vez que tem uma amostra variada, construída a partir de questionário online.
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Descubra qual é a percepção de qualidade de vida do colaborador brasileiro
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Sodexo apresenta dados inéditos do Índice de Qualidade de Vida. O indicador será calculado a partir deste ano. Confira os primeiros resultados
- Melissa Lulio
- 3 min leitura
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