Onde encontrar inovação nas empresas brasileiras? Esse foi o tema do debate que, mediado pelo jornalista e âncora do Jornal da Globo, William Waack, reuniu grandes nomes do mundo dos negócios, na última edição do Conarec. Provocativo, o jornalista comparou o conceito de inovação ao de estratégia e planejtamento, perguntando como é possível inovar no cenário do Brasil atual.
Para Germán Quiroga, CEO da Cnova Comércio Eletrônico SA, o que importa nesse momento é inovação que gera valor, para os seus funcionários, clientes e para o acionista. ?Não dá para ignorar conjuntura complicada, mas o momento é fantástico, a tecnologia, em particular a mobilidade, vai criar milhares de oportunidades?, diz.
Maurício Minas, vice-presidente executivo do Bradesco, concorda, lembrando que 40% da população do país não é bancarizada. Para atraí-los a tecnologia pode ser grande aliada, mas é preciso que seja uma inovação ?de baixo custo e atraente, que traga experiência pra essa população?.
Já o presidente nas áreas de Auto, Seguros gerais e Affinities do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, Marcos Ferreira, trata a inovação sob aspecto da cultura corporativa. ?É importante desenvolver ou incentivar uma cultura que propicie um ambiente para a inovação?, afirma.
Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky Brasil Serviços LTDA, também foi provocativo e, entre outras coisas, relembrou da necessidade do governo colaborar. Além disso, ele disse que ?inovação não é opção, a mudança vai acontecer com a gente, sem a gente ou apesar da gente. Resistir é inútil?.
Por fim, o reitor e diretor executivo de Educação à Distância da Universidade Estácio de Sá, Ronaldo Mota, lembrou da importância da educação e da necessidade de inovar para levar qualidade para uma maior quantidade de pessoas. ?O mundo mudou, mudou muito rapidamente e tem uma base da mudança, que são as tecnologias digitais?, lembrou o executivo.
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