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Por que a variação de custo de vida pesa mais no bolso mais pobre?

Por que a variação de custo de vida pesa mais no bolso mais pobre?

Quem tem renda mais alta e bolsos mais fundos, como as classes A e B, também são afetadas pelas variações no custo de vida, mas poder de compra é menos afetado pela alta de segmentos como alimentos e transportes

Por dois meses seguidos, as classes sociais mais pobres da região metropolitana de São Paulo têm visto uma redução no custo de vida, mas os percentuais variam. O cálculo é feito com base na queda de preços dos alimentos e na habitação. A pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostrou como os reajustes impactam a vida das famílias de baixa renda.

Em agosto, a classe E viu um declínio de 0,21% em seus custos, enquanto para pessoas da classe D a redução foi de 0,17%. Enquanto isso, houve acréscimos para as classes A, B e C de, respectivamente, 0,9%, 0,23% e 0,35%.

O que impacta o custo de vida de cada classe social

Em julho, os custos de habitação e moradia foram os mais reduzidos para as classes D e E, com diminuição de 1,45% e 1,28%, respectivamente. Já em segundo lugar está a alimentação, com -0,38% para a classe D e -0,48% para a E. Por outro lado, o transporte ficou mais caro para quem é de baixa renda, com um aumento de 1,22% para os que fazem parte da D e 1,06% aos que são considerados da E. Mas os preços variam, porque enquanto os da alimentação caíram para as classes mais baixas, na classe A houve um aumento de 0,11%; já a habitação mostrou queda de 0,22%, enquanto o transporte também subiu 1%.

De forma geral, abrangendo as cinco classes sociais, a habitação apresentou maior redução para todas em julho, com -0,94%, seguida por alimentação e bebidas, com -0,17% e, por último, os custos da saúde reduziram 0,4%. Por outro lado, outros grupos apresentaram alta para todas as classes sociais, como o transporte, que aumentou seus custos em 1,07%. A segunda maior alta ficou para os artigos do lar, com 0,20%, enquanto o vestuário ficou 0,12% mais caro.

Em agosto, os custos da alimentação continuaram em queda para as classes D e E, com respectivamente -1,02% e -1,08%. Dessa vez, o custo caiu também para a classe A, que viu uma diminuição de 0,54%. Por outro lado, a habitação subiu 0,59% para a classe E, enquanto o acréscimo foi de 0,69% para os integrantes da classe D. Os percentuais são maiores que o aumento de 0,58% da classe A. Em agosto, houve uma redução de 1,12% e 0,77% no transporte para as classes E e D.

Para a FecomercioSP, o barateamento de itens como o feijão, que reduziu 7,9%, e na alcatra e alface, com diminuição de 4,5% em ambas, influenciou na redução de custo de vida das famílias de baixa renda. A queda nos custos do transporte também beneficiou esses grupos.

Quando somadas as alterações nos custos de vida de todas as classes sociais, a habitação apresentou acréscimo de 0,74%, ao contrário de julho. Já o grupo de alimentação e bebida mostrou uma queda de 0,70%, e houve também diminuição de 0,31% no transporte. Por outro lado, as despesas com a saúde aumentaram 0,76%, enquanto os artigos do lar tiveram redução de 0,33%. Já o vestuário subiu 0,86%.

Acumulado em 12 meses mostra custo de vida de alto

Apesar da diminuição dos últimos dois meses abordados pela pesquisa, quando somados os últimos 12 meses houve um aumento geral de 3,81% nos custos de vida da população paulistana. O que varia é o percentual aumentado dentro das classes. Um exemplo disso é que o aumento geral do custo de alimentação foi de 2,59%. Nas classes E e D eles foram, seguidamente, de 0,78% e 1,47%. Enquanto isso, na classe A esse percentual foi de 4,19%.

Já a habitação, de forma geral, subiu seus custos em 3,37%. Enquanto o aumento foi de 2,89% e 3,05% para o público E e D, para os integrantes da classe A esse custo subiu 3,68%. O menor aumento para as classes E e D foi no transporte, com 0,31% e 1,05%. Já para a classe A, ficou 4,35% mais caro.

O Custo de Vida por Classe Social mostra uma estabilidade no avanço do custo de vida na região metropolitana de São Paulo, com registro de 0,10%. Porém, quando considerados apenas os sete primeiros meses de 2023, ficou 2,37% viver na capital e nas cidades da da região metropolitana de São Paulo.

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