Com os dados em mãos, a empresa de pesquisa organizou um ranking dos hábitos menos afetados para os mais afetados. No top 3 figuram: ir a bares ou boates; ir ao salão de beleza e o mais afetado: sair para jantar fora em restaurantes.
Quando a grana fica curta, é natural que as pessoas parem de fazer algumas coisas ou mudem a maneira de agir. Afinal, economizar é preciso. Com a crise econômica que atinge o Brasil, muitas famílias tiveram sua renda comprometida. Justamente para descobrir o que mudou no dia a dia do brasileiro a empresa de pesquisas digitais Opinion Box realizou o levantamento sobre “Hábitos de Consumo Afetados pela Crise”, em parceria com o portal de notícias Mundo do Marketing.
O estudo descobriu, por exemplo, que 72% dos entrevistados pararam de viajar, 70% adiaram algum plano, como casar, ter filhos ou realizar um curso e 83% diminuíram os gastos com compras de roupas e acessórios. Além disso, 67% das pessoas diminuíram a compra em supermercados.
Para cada um dos dez hábitos pesquisados, o estudo investigou se aquele comportamento existia e se deixou de existir ou se mudou de alguma forma. Além disso, também foram questionados os motivos para a mudança ou abandono daquele hábito.
“Com essas informações, foi possível calcular o impacto real da crise no comportamento das pessoas com relação ao hábito avaliado. Os resultados foram apresentados em um ranking, do menos impactado ao mais impactado”, conta Felipe Schepers, COO do Opinion Box. Os top três mais impactados? Ir a bares ou boates; ir ao salão de beleza e sair para jantar fora em restaurantes.
“Vale a reflexão sobre o quanto esses hábitos afetaram também a nossa vida. O que eu fazia antes e não faço mais? Ou o que eu fazia com muita frequência e agora faço menos? Em que eu venho investindo meu dinheiro?”, avalia Schepers.
Idade
Um dado curioso observado em alguns hábitos é que a parcela da população acima de 50 anos foi a mais afetada. Quando o assunto é “levar comida de casa”, pessoas de 50 a 59 anos foram as mais afetadas (42%). Quando se trata de “fazer cursos”, são 57%. Na hora de “realizar procedimentos estéticos”, pessoas na faixa etária entre 50 e 59 anos (78%); pessoas da região Norte do país (70%); pessoas das classes AB (65%); pessoas entre 40 e 49 anos (60%) e moradores do Sudeste (59%) foram os mais afetados.
Mais pessoas de 50 a 59 anos (72%), de 40 a 49 anos (65%) e moradores da região Norte (60%) deixaram de ir ao cinema ou teatro. A bares ou boates, quem deixou de ir foram as pessoas de 50 a 59 anos (67%); moradores da região Norte (64%); pessoas das classes AB (61%) e pessoas de 40 a 49 anos (61%). Por fim, as pessoas de 50 a 59 anos também foram as mais atingidas (89%) quando o assunto é “sair para jantar fora em restaurantes”.
INFOGRÁFICO
Para o estudo, foram entrevistados 1.424 internautas brasileiros de ambos os sexos, com idade acima dos 16 anos, provenientes de 475 cidades de todas as regiões do país e de todas as classes sociais. A margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Para calcular o impacto real da crise sobre cada um dos hábitos, foi feito um cálculo somando o percentual daqueles que abandonaram o hábito pela crise ou perda de emprego ao número de todos os que mantiveram o hábito, mas diminuíram os gastos, para entender, de fato, como a crise afeta os brasileiros. “Isso, porque apenas a diferença entre os que tinham determinado hábito há 12 meses e os que o tem hoje não revela apenas a faixa que parou determinado consumo impulsionado pela crise, mas por outros motivos também”, explica o COO da Opinion Box.
Veja o infográfico: