A A.T. Kearney, uma das maiores consultorias de gestão de negócios do mundo, mostra que é cada vez maior a preocupação de executivos com a cibersegurança. E o motivo não poderia ser outro: os ataques cibernéticos que vem ocorrendo em ritmo crescente e que teve como mais recente vítima a HBO. Criminosos roubaram e pediram resgate para episódios inéditos da série Game of Thrones.
Em linhas gerais, o objetivo da pesquisa sob o título de “Views from C-Suite 2017” é exibir as preocupações que envolvem o mundo dos negócios. Ao todo, cerca de 200 executivos foram entrevistados e a preocupação deste ano foi a cibersegurança.
De acordo com a consultoria, os participantes mantiveram o papel da tecnologia em foco, como prioridade para os próximos 12 meses. Um dos destaques é a cibersegurança, que se transformou em prioridade para 43% dos executivos. Um dos possíveis motivos para foco na segurança está ligado a estabilidade aos negócios, uma vez que 85% dos entrevistados acreditam que os ciberataques devem se tornar frequentes e onerosos nos próximos anos.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
“O destaque da tecnologia e do risco político nos resultados deste ano é impressionante. Tecnologia é vista como uma oportunidade chave para o crescimento dos negócios, bem como um desafio a ser enfrentado nos próximos meses”, afirma Esteban Bowles, sócio da A.T. Kearney. “Ao mesmo tempo, executivos globais estão prestando mais atenção às ações governamentais e identificando riscos derivados das tensões geopolíticas e mudanças domésticas em políticas regulatórias e de impostos”, completa.
Influência governamental
Ao todo, 69% dos executivos reportaram que políticas governamentais têm maior influência na tomada de decisões em suas companhias do que tiveram nos últimos anos. Como resultado, mais de 90% consideram aplicar mudanças em suas estruturas internacionais e de supply chain devido ao atual ambiente político e econômico. Além disso, quase todos os executivos afirmam dar maior importância à implantação de técnicas de previsão e planejamento estratégico para gerenciar riscos e se adaptar ao momento disruptivo atual.
“No Brasil, essa tendência se replica. Os CEOs tomam decisões buscando a reinserção do país na economia global e o aumento da produtividade. E, para isso, é necessário atingir a estabilidade política com andamento das reformas, simplificação tributária e mais investimentos em infraestrutura”, acrescenta Bowles.