O BrWeek apresentou uma novidade este ano. Pela primeira vez, dois e-commerces foram colocados frente a frente para discutir sobre os desafios e sucessos de cada empreitada. Na conversa franca, surgiram assuntos como a concorrência de cada negócio, o mercado, o uso da tecnologia e, claro, os conhecidos problemas da logística – até o fim do e-Sedex entrou na pauta de discussão.
O bate-papo ocorreu entre Paulo Batista, CEO da Dental Cremer (e-commerce de venda de produto odontológico e voltado para dentistas) e Marcelo Reis, general manager da Quantum (empresa brasileira de fabricação de smartphones), dentro do painel “O Crescimento Sustentável na internet: desafios e oportunidades do varejo no e-commerce.
A dinâmica era simples. Cada um deveria fazer uma pergunta para o outro executivo. A primeira pergunta foi de Paulo, que questionou a forte concorrência no setor de smartphone mundo afora. “Trata-se de um mercado liderado por grandes empresas mundiais. Tem Samsung, LG, Apple. Não é uma tarefa fácil, mas acreditamos no nosso produto”, afirma Reis.
Mas a Quantum não parece receosa com o desafio. Muito pelo contrário. Nas próximas semanas será exibida um comercial da marca simplesmente com a presença do astro brasileiro Neymar. “Acreditamos no nosso produto e o momento é de tornar a Quantum conhecida no mercado. Com o Neymar, iremos levar a marca para outro patamar.
A mesma pergunta foi feito a Batista, que também tem motivos para comemorar. A empresa saltou de um ganho de R$ 20 milhões em 2011 para R$ 1 bilhão no ano passado. Agora, a empresa deverá fazer voos ainda mais altos: a empresa deverá levar o seu negócio para outros países da América Latina. No entanto, como qualquer e-commerce, há algumas barreiras naturais. “Temos os desafios clássicos do e-commerce. Temos o consumidor com medo da compra online e o desafios de construir uma reputação”, afirma.
Desafios do e-commerce
Não há dúvida que ambos os negócios são bem sucedidos pelo uso da tecnologia, o que permitiu alcançar novos públicos Brasil afora. No entanto, esse alcance tem um custo (e alto): ele impacta diretamente a logística da empresa.
“O nosso desafio diz respeito a logística e o prazo de entrega. Nós investimos na nossa própria própria logística, o que representou um alto custo para a empresa. Mas hoje a decisão se mostrou acertada. Não usamos os Correios para entrega. Hoje, o custo do frete é totalmente nosso”, afirma Paulo.
Já a gente também utiliza o e-Sedex, mas tínhamos o nosso plano de contingência. Somos cada vez menos dependentes da empresa do governo e suas greves”afirma Reis.
De fato, o e-commerce deve superar essas e outras barreiras. Empresas cada vez mais sólidas devem surgir -ou alguém duvida da capacidade do e-commerce?
A conversa franca entre dois e-commerces
O BrWeek deste ano colocou dois e-commerces frente a frente. Entre os assuntos, concorrência, desafios do negócio e, claro, a logística da entrega
- Ivan Ventura
- 3 min leitura
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