Na última terça-feira, 14, o Governo Federal divulgou o calendário de saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mais de 30 bilhões de brasileiros poderão realizar o saque, o que deve movimentar a economia nos próximos meses. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) lembra que este acesso deve injetar entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões na economia do País, o que representa 0,5% do PIB.
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Dos 30,2 milhões de trabalhadores que poderão realizar os saques, 80% possuem até R$ 1.500 nas contas. O direito ao saque, antes, era dado apenas a quem estivesse desemprego por três anos ininterruptos. Com o movimento, os brasileiros que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015 poderão acessar a quantia.
“Os saques irão beneficiar principalmente os cidadãos das classes C, D e E, que devem utilizar o montante para as necessidades mais urgentes”, aponta Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil. Baseado em suas pesquisas recentes, a entidade estima que cerca de 50% do dinheiro sacado pelo trabalhador seja destinado ao pagamento de dívidas, 30% para economizar e o restante para outros gastos.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recorda que o faturamento anual do varejo no Brasil é, hoje, de pouco mais de R$ 1,5 trilhão e o volume de crédito total hoje disponibilizado para as pessoas físicas também beira os R$ 1,5 trilhão. Dessa maneira, o aporte de R$ 40 bilhões na economia provenientes dessas contas inativas representa mais de 2,5% de todo volume de faturamento do varejo ou do volume de crédito para a pessoa física no Brasil. Uma boa movimentação para a economia.
“O acesso ao dinheiro inativo das contas do FGTS é uma medida importante para injetar uma quantidade de dinheiro significativa na economia do país. Isso pode ajudar o cidadão afetado pela crise a sanar suas dívidas, limpar o nome e recuperar seu crédito”, avalia Pellizzaro. “Ao reduzir a inadimplência, o impacto sobre a economia é positivo, resultando em menores taxas de juros cobradas ao consumidor”, finaliza.
Acesso às contas inativas do FGTS pode dar fôlego ao consumo
Até R$ 35 bilhões serão inseridos na economia, um movimento importante para reduzir a inadimplência dos clientes e movimentar o varejo
- Raisa Covre
- 2 min leitura
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