O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registra queda pelo oitavo mês consecutivo. Em junho o indicador teve retração de 9,1% na comparação com o mesmo mês de 2014, e chegou a 81,7 pontos.
O levantamento é realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo abaixo de 100, significa insatisfação em relação às condições de consumo.
De acordo com a instituição, essa é a maior queda anual da série histórica. E, os motivos principais são a alta da inflação e dos juros aliados à falta de perspectiva da recuperação da economia. Isso fez com que as famílias perdessem fortemente o
poder de compra.
Para os próximos meses, a Federação estima que o consumo permaneça em baixa e pode atingir novos recordes negativos. Portanto, o próximo semestre será de muita dificuldade para as famílias, com a inflação e o desemprego crescendo o alerta
máximo para as finanças continuará ligado.
Considerando os itens que compõe o indicador, na comparação mensal, pela primeira vez, o índice da Renda Atual, com 97,7 pontos, e Acesso ao Crédito, com 87,4 pontos, entraram na zona de insatisfação. É a primeira vez que as famílias acreditam que a renda está pior neste momento em relação ao mesmo período do ano passado.
A queda maior foi do item Momento para Bens Duráveis, que recuou 15,4% em relação ao mês de maio e atingiu 56,3 pontos. O Nível de Consumo atual (56,2 pontos) caiu 12,1% na comparação mensal e completa 29 meses consecutivos no patamar de insatisfação.
O levantamento mostrou também que a Perspectiva de Consumo caiu 12% (64,9 pontos). Os indicadores de Emprego Atual (106 pontos) caiu 4,6% e o de Perspectiva Profissional (103,4 pontos) recuou 3,7%.
Leia mais
Consumo das famílias cai 1,5% no trimestre