Em março, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas cresceu 0,3 ponto em comparação aos últimos três meses, além de 0,1 no comparativo mensal. Das 13 principais atividades investigadas na pesquisa, cinco apresentaram alta, uma ficou estável e sete caíram.
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O resultado do índice geral foi determinado por movimentos em sentidos contrários de seus componentes. O Índice de Situação Atual (ISA-S) aumentou 1,1 ponto no mês, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) retrocedeu 0,9 ponto. Para a FGV, A alta do ISA-S entre fevereiro e março deveu-se integralmente à evolução do indicador de Volume de Demanda Atual, que subiu 2,8 pontos, enquanto o indicador da Situação Atual dos Negócios caiu 0,6 ponto.
A queda das expectativas (IE-S) foi motivada pela retração de -2,4 pontos do indicador que mede a evolução da Situação dos Negócios nos seis meses seguintes. ?Nos primeiros três meses do ano a confiança do setor estacionou próximo ao menor patamar da série histórica, observado no trimestre anterior. No entanto, o grau de incerteza que marca o cenário político e, em consequência, o campo econômico, coloca dúvidas sobre a sustentabilidade dessa trajetória nos próximos meses?, avaliou em nota Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
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Além do aumento da incerteza com a turbulência do ambiente político, a Sondagem de Serviços de março de 2016 captou elementos que mostram a reação das empresas às condições atuais da economia, marcada por redução contínua da demanda doméstica. Na média do primeiro trimestre, o percentual de empresas que planejam cortar pessoal manteve-se num patamar historicamente elevado, de 26,4% contra 18,8% há um ano.
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