Depois de anos difíceis, finalmente os empresários do comércio parecem estar mesmo mais confiantes na retomada dos negócios. Segundo dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio, a positividade alcançada no mês anterior não só se manteve, como aumentou 2,7% de abril para maio, atingindo os 103 pontos.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
O indicador apurado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostra que na comparação anual, a confiança dos comerciantes obteve a maior taxa positiva da série histórica do indicador, de 30%.
“Os últimos resultados mostram que os comerciantes começam a enxergar sinais de retomada lenta e gradual das vendas, em um cenário de desempenho mais favorável da atividade do comércio, que esperamos que se consolide na segunda metade de 2017”, disse em nota a economista da CNC, Izis Ferreira.
De acordo com a Confederação, a conjuntura gradualmente mais favorável aos investimentos e aos indícios de retomada das vendas no varejo estimulam a confiança dos comerciantes. Apesar de ainda persistirem algumas incertezas, as vendas do comércio em 2017 devem experimentar melhora, com aumento de 1,5%.
Subíndices
O Icec analisa amostra composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País, em índices que variam de zero a duzentos pontos. Para chegar aos resultados finais, são avaliados diversos subíndices.
Um deles, mede a percepção dos comerciantes sobre as condições correntes e chegou a 71,3 pontos, um importante aumento de 74,8% na comparação anual. A percepção dos varejistas quanto às condições atuais da economia melhorou em maio (+9,4%), assim como em relação ao desempenho do comércio (+7,6%) e ao da própria empresa (+5%). Já a proporção de comerciantes que avaliam as condições econômicas atuais como “piores” segue em queda: 71,2% dos varejistas, contra 71,7% de abril.
Já o subíndice que mede as expectativas do empresário do comércio alcançou 149,2 pontos, alta de 1,8% em relação a abril, e de 22%, em relação a maio do ano passado. Na avaliação de 81,4% dos entrevistados, a economia vai evoluir nos próximos seis meses.
Na passagem de abril para maio, aumentaram as intenções de investimento nas empresas (+3,2%), na contratação de funcionários (+2,7%) e em estoques (+1%).