A confiança do empresário do comércio caiu 13,9% em março, em relação ao mesmo mês de 2015. A confiança desses empreendedores atingiu 80,9 pontos, ou seja, ainda segue na zona do pessimismo.
Nessa base comparativa, a avaliação positiva da percepção dos comerciantes em relação ao setor caiu 28,1%. Para 92,9% dos varejistas, a economia piorou em março de 2016.
Em relação a fevereiro, houve recuperação, com leve aumento de 1,1% no índice geral de confiança. Esse aumento, contudo, não indica que pode haver recuperação da confiança desses empresários.
?Seguem ausentes indicativos de reversão no médio prazo, especialmente em função do desemprego e da queda na renda real dos consumidores, que influenciam as vendas.?, avaliou, em nota, a economista da CNC, Izis Ferreira.
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Esse aumento mensal, segundo Izis, foi influenciado pelo subíndice que mede as condições correntes, que subiu 9% em relação a fevereiro. A avaliação positiva da percepção dos comerciantes em relação ao setor, que subiu 34,2% na comparação mensal, teve papel relevante no crescimento do indicador.
Quando se olha as expectativas futuras, é possível ver que o indicador passou da zona de pessimismo e registrou, em março, 122,7 pontos. Apesar disso, o resultado é apenas 0,2% acima do registrado em fevereiro. Na comparação anual, a queda é de 4,8% com perspectivas piores para a economia (-1,7%), para o setor (-5,4%) e para o próprio negócio (-6,4%).
Diante dessas expectativas, a CNC estima que o volume das vendas do comércio em 2016 recue 4,2% no conceito restrito e 8,4% no conceito ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção.
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