Os consumidores da classe C estão mais confiantes. É o que mostra o índice nacional de confiança (INC), que é encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A média nacional também teve aumento, segundo a pesquisa.
A confiança do consumidor da classe C cresceu 7,04% em março, na comparação anual. Os 76 pontos registrados em 2018 superam a marca de março do ano passado – 71 pontos. Em fevereiro a confiança era ainda maior, houve queda de 3,8% no índice em março.
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“Em 12 meses, a reversão do processo inflacionário ampliou o poder de compra da classe C, que tem o maior potencial de consumo. A queda dos preços permitiu também uma forte redução dos juros, resultando em maior disponibilidade de crédito e ampliação dos prazos de pagamento”, explica, em nota, Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
A classe AB é a mais pessimista, com 67 pontos. Há um ano, o índice chegou a 63 pontos, o que representa um crescimento de 6,37% em março. Já a classe DE, com 75 pontos, está mais otimista. Em março de 2017, o indicador alcançou 74 pontos. A média nacional cresceu 5,63% na comparação com março do ano passado. A confiança do consumidor brasileiro atingiu 75 pontos. “Essa leve melhora acompanha a recuperação – também tímida – da economia no decorrer de 12 meses”, declara o presidente da ACSP.
Por região
A região mais otimista é o Sul, que tem média de 83 pontos. Apesar da pontuação alta, a média de março do ano passado foi 10 pontos maior (-10,75%). A safra agrícola menos volumosa pode explicar a queda.
A queda foi ainda maior no Norte/Centro-Oeste – 17,44%. A região, que teve 86 pontos de média no indicador no ano passado, registrou 71 pontos na última pesquisa. No Nordeste, houve um crescimento de 26 pontos – o índice registrou 78 pontos. Já o Sudeste apresentou crescimento do INC na variação anual. Foram 71 pontos contra 69 no ano passado.
O INC, encomendado pela ACSP ao Instituto Ipso, é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios de todas as regiões do País. O índice varia de zero a 200 pontos, sendo que o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo, já o de 100 a 200 demonstra otimismo. A margem de erro é de três pontos.
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