A confiança do comerciante de São Paulo caiu 16,2% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo divulgado hoje (19) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Com isso, o índice alcança os 75,8 pontos – ainda na zona de pessimismo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Nessa mesma base comparativa, o índice de confiança para os grandes empresários caiu 16,6%, enquanto que para os pequenos, a queda chegou a 1,7%.
Segundo a Federação, “a situação de crise de consumo, renda e crédito tende a ser mais acentuada sobre pequenos negócios do que sobre grandes empresas que podem se proteger um pouco mais com melhor acesso a capital, propaganda, distribuição e estratégias de marketing”.
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Na relação com o mês anterior, houve crescimento de 1,2%. Apesar de mostrar crescimento, o resultado visto em março é o quinto menor de toda a série histórica, iniciada em março de 2011.
De acordo com a pesquisa, os donos de empresas com mais de 50 funcionários foram os responsáveis pelo aumento na comparação mensal, uma vez que a confiança desse grupo subiu 9,9% em relação ao mês anterior. Já as empresas com até 50 funcionários registraram alta de 1%.
Considerando os componentes do indicador, o que avalia as condições atuais do empresário do comércio subiu pela terceira vez seguida, atingindo em março uma alta de 3,2%. Por outro lado, na comparação anual, houve queda de 26,1%.
Considerando o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio apresentou alta de 2,8% em março.
O único quesito que apresentou queda em março foi o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a propensão dos empresários em relação a novos investimentos, que retraiu 2,3% em fevereiro. A maior influência negativa partiu do Indicador de Contratação de funcionários (IC), que caiu 3,2%.
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