A confiança do comércio cresceu 14,8% em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo indicador da CNC (Confederação Nacional do Comércio). Na comparação com agosto, houve alta de 1,5%.
Com o crescimento, o índice chegou a 93,5 pontos. O índice varia de 0 a 200 pontos, em que quanto mais próximo de zero, menor é a confiança.
O crescimento da confiança do setor, embora positivo, não revela uma retomada nas vendas, segundo explica Izis Ferreira, economista da Confederação. “Ainda não é possível afirmar que a recuperação do comércio ocorrerá em breve. O ritmo da queda nas vendas vem diminuindo, mas ainda não indica um aquecimento do varejo. As condições do mercado de trabalho e o crédito caro ainda são um entrave para a retomada do consumo e consequentemente das vendas”, diz.
Segundo a confederação, todos os componentes que fazem parte do índice apresentaram alta, em ambas as bases de comparação.
Na comparação com setembro do ano passado, o indicador que mede a percepção dos empresários com as Condições Atuais subiu 25,4%. Na comparação com setembro de 2015, destacou-se a avaliação do futuro da economia, que registrou elevação de 32,7%. Para 76,4%, a economia vai melhorar nos próximos meses.
Já o componente que mede as condições de Investimento aumentou 3,9% em relação a setembro do ano passado, apesar do recuo na intenção de investir na própria empresa (-1,2%) e uma piora na avaliação do nível dos estoques (-3,7).
Para 71,7% dos empresários consultados, as intenções de investir no capital social das empresas são menores. Do total de varejistas, 30,9% acreditam que os estoques estão acima do adequado.
A CNC revisou de -5,4% para -5,2% a sua estimativa de vendas, em 2016, para o varejo restrito. Já para o varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a revisão foi de -9,8% para -9,4%.