A confiança do empresário do comércio caiu 7,2% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Na comparação com abril, porém, a confiança voltou a subir, em 0,3%. Com isso, o indicador atingiu 81,04 pontos. O indicador varia de zero a 200 pontos, em que abaixo de 100 está a zona de pessimismo e acima desse número a confiança entra na zona do otimismo.
Apesar da leve recuperação, não se pode dizer que a confiança dos executivos do setor iniciará trajetória de alta. “Ainda é precipitado afirmar que há sinais de recuperação plena da confiança do comércio, uma vez que a demanda predomina em nível historicamente baixo, sobretudo em função da deterioração do mercado de trabalho e do encarecimento do crédito. A própria atividade do comércio vem sofrendo perdas consecutivas.”, avaliou, em nota, a economista da CNC Izis Ferreira.
Para mensurar o indicador, a Confederação avalia alguns subíndices. Um deles mede a confiança com as condições atuais e apresentou queda de 16,2% em relação a maio do ano passado, e uma alta de 0,8% em relação a abril – apesar disso, o índice se encontra bem abaixo da zona de indiferença, em 40,8 pontos.
Segundo a pesquisa, a percepção do comércio varejista está mais otimista tanto em relação à economia (+7,2%) quanto em relação ao desempenho do setor (+0,4%), quando se compara maio frente a abril.
Já no que diz respeito à própria empresa, no entanto, a avaliação apresentou retração (-1,3%). Além disso, para 93% dos varejistas, a economia piorou no fim de maio, mesmo percentual observado em abril.
Quando se olha para o futuro, o subíndice ligado às expectativas alcançou 122,3 pontos em maio, com aumento de 0,4% na comparação mensal.
O resultado positivo e acima da zona de indiferença é a soma do aumento das expectativas do desempenho econômico para os próximos meses (+0,1), do desempenho do comércio (+0,3) e o da empresa (+0,6%). Apesar de 54,9% dos entrevistados acreditarem que a economia vai melhorar nos próximos meses, o subíndice caiu 0,1% em relação a maio do ano passado.