A confiança dos brasileiros caiu 2 pontos em julho, na comparação com junho, segundo indicador nacional medido pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo). No mês, a confiança do consumidor ficou em 68 pontos.
Em julho de 2015, o Indicador Nacional da Confiança marcou 83 pontos. No mesmo mês de 2014, início da retração econômica, a confiança era de 134 pontos – 63 pontos acima do que é hoje.
O indicador varia de zero a 200 pontos. O intervalo entre zero e 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, é o campo do otimismo. A margem de erro é de três pontos. Apesar de ter ficado dentro da margem de erro, a estabilidade da confiança nacional indica que é preciso cautela ao avaliar que os consumidores podem retomar o consumo.
Após atingir o recorde mínimo em abril, de 64 pontos, o indicador registrou duas altas seguidas (em maio e junho), o que sugeria movimento de melhora. “Porém, o sinal de alerta é pontual e não pode ser caracterizado como uma tendência de piora na confiança. Precisamos esperar os próximos meses. De qualquer forma os dados merecem muita atenção”, considerou Alencar Burti, presidente de ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Em São Paulo, contudo, a confiança do consumidor aumentou 4 pontos na mesma base comparativa, ficando em 69 pontos. “As expectativas favoráveis em relação aos cenários político e econômico podem ter contribuído para essa melhora no caso de São Paulo”, afirmou Alencar Burti, presidente da ACSP.
Como estão abaixo dos 100 pontos, tanto o indicador nacional como o de São Paulo indicam ainda pessimismo. “As famílias estão consumindo menos, em decorrência da crise, e as pessoas estão inseguras em seus empregos, derrubando a confiança”, explicou Burti.
Por região, o Sul teve o pior desempenho, com sua confiança caindo de 72 pontos em junho para 63 em julho. A região Norte/Centro-Oeste também teve retração considerável: o INC foi de 76 para 70 pontos em julho. Em ambos os casos, o desempenho negativo deve-se a eventos climáticos -secas, geadas e temporais -, que atrapalharam o setor agrícola.
As regiões Nordeste e Sudeste, por sua vez, registraram pequenas altas. No primeiro, o INC subiu de 65 para 66 pontos e, no segundo, de 69 para 71 pontos.