Depois de registrar duas altas consecutivas, o índice de confiança do consumidor, em São Paulo, sofreu queda de 0,9% passando de 107 pontos em setembro para 106 em outubro. Mesmo com o leve recuo, o indicador permanece acima da marca dos 100 pontos, que delimita a fronteira entre pessimismo e otimismo. No entanto, na comparação com outubro do ano passado, houve elevação de 19,4%.
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O índice, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostra também que a queda do indicador em outubro aconteceu em razão da retração de 1,4% do índice que mede as expectativas do consumidor, que passou de 139,1 em setembro para 137,2 pontos no mês atual. Já em relação a outubro de 2015, houve elevação de 24,1%.
De acordo com o levantamento, porém, os resultados sobre a percepção dos consumidores com renda acima e abaixo de dez salários mínimos foram contrastantes. O primeiro grupo registrou alta de 4,5%, passando de 147,8 para 154,5 pontos, já o segundo grupo apresentou recuo de 4,4%, caindo de 135,1 para 129,1 pontos. No comparativo anual, os dois grupos exibiram alta de 33,6% e 19,3%, respectivamente.
O estudo mostra também que o índice que mede as condições atuais da economia, apresentou alta de 0,7%, ao passar de 58,7 em setembro para 59,1 pontos em outubro. Depois de registrar 44 meses de quedas consecutivas no comparativo anual (desde janeiro de 2013), o indicador subiu 5,5% em relação a outubro de 2015. O grupo de consumidores com renda superior a dez salários mínimos foi o principal influenciador desse resultado, com alta de 8,3% na comparação com setembro, passando de 65,1 para 70,5 pontos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 16,4%. Em contrapartida, entre o grupo de consumidores com renda abaixo de dez salários o índice caiu 3,4% na comparação mensal, passando 55,7 para 53,8 pontos, e ficou praticamente estável (-0,3%) em relação a outubro de 2015.
Para a assessoria econômica da Federação, a leve queda do índice de confiança do consumidor é proveniente dos resultados apurados pelo índice de expectativas, que após ter atingido o maior patamar em três anos em setembro, pode ter sofrido um ajuste pontual nas expectativas em outubro.
A Entidade ressalta que o destaque positivo foi a terceira alta consecutiva na avaliação dos consumidores em relação ao momento atual e o fato de que pela primeira vez, desde janeiro de 2013, o índice das condições atuais da economia superou a pontuação registrada no mesmo mês do ano passado. Na avaliação da Federação, a retomada da confiança vem ocorrendo de forma gradual a partir da capacidade de reação mais consistente da atividade econômica.