O Índice Nacional de Confiança, medido pelo Instituto Ipsos a pedido da Associação Comercial de São Paulo, registrou em setembro o menor nível histórico, de 79 pontos.
Esta é a quinta vez que o indicador atinge o menor patamar desde a sua criação, em abril de 2005. O índice vai de zero a 200 pontos. Entre 100 e 200 pontos está o campo do otimismo e, entre zero e 100 pontos, o campo do pessimismo.
De acordo com a série, o indicador entrou na zona de pessimismo pela primeira vez neste ano em julho, quando registrou 84 pontos. Em agosto, a confiança dos brasileiros estava em 81 pontos e em setembro de 2014, era quase o dobro, de 142 pontos.
Esse recuo paulatino não se deve apenas à crise econômica, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). ?A manutenção do índice no campo pessimista acontece também pelo agravamento da crise política. As instabilidades econômica e política no País dificultam quaisquer perspectivas quanto ao comportamento futuro do INC?, disse em nota.
Entre as regiões, a Sul foi a única em que o índice subiu, em relação ao mês anterior: 77 pontos ante 76. Quanto às demais áreas, foram registrados 72 pontos no Sudeste (76 em agosto), 87 no Nordeste (igual a agosto) e 76 no Norte/Centro Oeste (77 em agosto).
A confiança do consumidor paulista marcou 73 pontos, um recuo de seis pontos sobre agosto. Para a ACSP, a queda mais acentuada no Estado, quando se compara com a confiança nacional, pode ser explicada pela forte dependência da região com relação à indústria ? um dos setores que mais sofrem com a crise, conforme mostram os últimos dados oficiais de produção industrial e desemprego no setor.
Para entender a confiança dos brasileiros em seus diversos aspectos, o Instituto Ipsos ouve os consumidores sobre emprego, intenção de compras e percepção quanto a suas situações atuais e futuras. Como é possível ver na tabela abaixo, a confiança variou pouco na comparação com agosto, mas quando comparada a setembro do ano passado, as quedas foram fortes.
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