Esta semana, a Amazon Web Services realizou o evento “AWS Black Friday: da nuvem ao físico – tornando cliques em entregas ao redor do mundo”. A ideia do encontro era discutir a importância das empresas garantirem uma infraestrutura de ponta, principalmente em momentos de crescimento e concentração de demanda como a Black Friday. No evento, que aconteceu na última terça-feira (25/1), executivos da AWS, da Amazon.com e da VTEX destacaram a computação em nuvem como um grande diferencial nesse sentido para o e-commerce.
Cleber Morais, diretor-geral do Setor Corporativo da AWS Brasil, mostrou como o varejo brasileiro vem crescendo nos últimos anos e citou que o país como o maior mercado para o e-commerce da América Latina. Segundo os dados apresentados, entre 2018 e 2020, a receita com compras online duplicou no Brasil, alcançando 126,3 bilhões de reais no ano passado, com o comércio mobile gerando a maior parte do faturamento.
Em relação aos dados do varejo, Cleber mostrou um gráfico que indica que em 2021, o varejo brasileiro movimentou pouco mais de 200 milhões de reais. A expectativa para este ano é que esse valor chegue perto dos 220 milhões e em 2026, por exemplo, ultrapasse os 300 milhões de reais. Diante desse cenário, a AWS combina a agilidade de uma startup com a experiência de um líder de varejo para ajudar a impulsionar a inovação e sustentar o crescimento do setor.
“No varejo, se diferencia quem aposta em novas formas de vender e de engajar o cliente, e quem sabe usar a tecnologia ao seu favor. A migração para a nuvem traz diferenciais competitivos fundamentais para os varejistas, como flexibilidade, escalabilidade, ótimo custo-benefício e segurança aprimorada”, explicou Cleber Morais.
Quando pensamos em grandes eventos, como a Black Friday, a proposta da AWS Brasil de computação em nuvem passa a ser um diferencial ainda mais relevante, segundo o diretor-geral. “A tecnologia é capaz de oferecer aos clientes do varejo o aumento da sua capacidade computacional para atender aos grandes eventos pagando somente pelo que consomem”, detalha Cleber, “ou seja, não precisam adquirir máquinas que ficarão sem uso a maior parte do ano”.
Parceria com a VTEX
A VTEX, multinacional especializada em comércio digital, utiliza diversos serviços AWS, em especial o Amazon Elastic Beanstalk, usado para implantação e escalabilidade de aplicativos e serviços da web; e o Amazon CloudFront, que recebe mais de 400TB por mês de tráfego, sem custos adicionais para disponibilizar conteúdo dinâmico para transferência e solicitações de dados dos e-commerces geridos pela companhia.
Mas, a parceria entre a VTEX e a AWS foi fortalecida com o uso da nuvem AWS, que possibilitou que a VTEX tivesse mais facilidade para escalar e reverter cada tipo de serviço para aprimorar sua plataforma visando datas especiais como a Black Friday, sem custos desnecessários. “A AWS deu segurança no processo de expansão internacional da VTEX”, afirmou Geraldo Thomás, co-CEO da multinacional.
Durante o evento que aconteceu na última terça-feira, Isaac Pessanha, diretor de Vendas e Marketing da VTEX, contou que a parceria com a AWS permite que a plataforma de comércio eletrônico ofereça mais flexibilidade e confiabilidade aos clientes. “A VTEX chega a ter, no período da Black Friday, volumes até 7 vezes maiores que o usual, o que os desafia ainda mais a manter um ambiente escalável e confiável para os clientes”, explicou Isaac.
Ainda sobre a preparação para a Black Friday, Pessanha disse que a VTEX hoje faz apenas testes de processos e não de infraestrutura, porque a nuvem já garante a escala necessária. Ele destacou também o crescimento do live shopping, que passou a ser possível mesmo sem uma conexão tão boa de internet, graças à parceria com a AWS. A consequência disso é a possibilidade de um aumento de até 30% nas conversões.
Black Friday, Amazon e a computação em nuvem
Felipe Pedrini, gerente sênior de Desenvolvimento de Software da Amazon, lembrou que a Black Friday todos os anos pode ser comparada a uma maratona, que começa em janeiro. Ele explica que na Amazon, esse planejamento pode ser dividido em dois pilares: infraestrutura de ponta e preparação.
“Uma vez que a infraestrutura física está garantida, a Amazon.com pode focar em inovação: melhorar insights, aperfeiçoar a experiência do cliente e otimizar as operações”, descreveu Pedrini.
A AWS afirmou que entre as vantagens obtidas com o uso da nuvem estão o deep learning e IA para benefício dos clientes; a expansão para novas regiões em três dias; a redução de 50% na latência do Amazon Wallet Service com redução de 90% nos custos de operação; a redução de quase 50% em custos de inferência da Amazon Robotics; e aumento de 40% na taxa de performance computacional.
Case Arezzo&CO
Há cinco anos, a Arezzo&CO iniciou um processo que visava usar analytics para alavancar vendas, reduzir custos e conhecer melhor os clientes, com base em soluções da AWS. O uso do aprendizado de máquina possibilitou a redução de 7.000 horas de trabalho nesse processo. Além disso, a assertividade aumentou de 80% para 91%.
O data lake, integrado à solução Tableau Server, recebeu informações de maior interesse da empresa, como vendas por categorias, marcas, canais e clientes dos canais físicos. Com o amadurecimento, foram acrescentadas informações dos canais virtuais. A partir dessas informações, a equipe de BI da Arezzo&Co passou a compilar e dar visibilidade aos dados das áreas, permitindo a construção e acesso aos relatórios em tempo real.
Com os bons resultados obtidos, a Arezzo&Co considera criar com a AWS uma busca de imagens em seus sites de e-commerce para mapear concorrentes no mesmo padrão de seu portfólio.
Case C&A
Para garantir a disponibilidade de cerca de 200 categorias de produtos em todas as lojas, a C&A passou a utilizar a IA na nuvem para fazer as projeções de distribuição e consumo. À medida que o projeto ganhava escala, o tempo de execução se tornava um gargalo. Como solução, o processo foi migrado para a estrutura AWS, atendendo às novas necessidades de agilidade e desempenho.
A quantidade de itens de cada cor, tipo e tamanho é definida com o auxílio do Amazon SageMaker e depois distribuída para as 288 lojas de varejo do Brasil. Com a AWS, a C&A conseguiu reduzir o custo das operações em 5x.
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