Em tempos de instabilidade econômica, o bolso do consumidor está mais curto e para vender mais é preciso oferecer facilidades. Entre os micro e pequenos negócios existem ferramentas de baixo custo de auxiliam na otimização dos custos.
De acordo com Augusto Lins, executivo da Stone, quem aceita meios de pagamento eletrônicos, vende mais. “A gente incentiva o meio de pagamento porque assim o pequeno empresário está oferecendo crédito e facilitando a vida do cliente, que as vezes não tem dinheiro na hora”, explica. Segundo Lins, que trabalha na empresa adquirente de cartões com foco no pequeno empreendedor, houve um crescimento de 20% nesse púbico.
Os micro e pequenos negócios respondem por mais de um quarto do PIB Brasileiro (Produto Interno Bruto). Juntas, são mais de 9 milhões de empresas, e segundo o Sebrae, o número vem crescendo a cada ano.
A Stone tem se dedicado a trabalhar com esse setor e possui aproximadamente 20 mil clientes entre profissionais liberais, vendedores porta a porta e prestadores de serviços. “Atendemos desde empreendedores individuais a empresas mais estruturadas. Os empreendedores podem alugar ou comprar um equipamento de baixo custo, e contar com a modalidade de precificação e conciliação”, comenta. “Para nos auxiliar no atendimento aos bem pequenos, a gente tem um parceiro: a SumUp. Eles são especializados em quem faz poucas transações, sem atrito e de forma transparente”, finaliza.
Para os empreendedores, os meios de pagamento eletrônicos representam mais segurança e comodidade. É o que diz Geraldo Mineiro, vendedor de queijos, embutidos e outros derivados do leite. “Meu trabalho é itinerante. Toda semana saio de Minas Gerais e vou para o Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, voltando para Minas aos finais de semana para reabastecer as mercadorias”, explica Mineiro.
O empreendedor utiliza a maquininha de cartão tradicional. “Hoje estou com dois modelos: uma maquininha wifi, onde consigo sinal em lugares que o GPRS não pega bem, e estou testando uma máquina mobile, que por ser portátil, é mais cômoda para o transporte e uso no dia a dia”, afirma o vendedor. Outros benefícios citados por Mineiro são: não precisar andar com dinheiro, que pode se tornar perigoso para quem trabalha na rua; e o fato de conseguir acompanhar as vendas e recebíveis através do portal de serviços. “Consigo acessar as informações pelo meu próprio smartphone. Isso melhorou muito meu controle financeiro”, explica.
O uso do cartão é mais prático para o consumidor, que não precisa carregar dinheiro em espécie, e o vendedor afirma que com a máquina de cartão, aumentou o número de vendas e ticket médio. “Geralmente minhas vendas são por oportunidade. Quando chego na empresa, o meu cliente não estava planejando comprar um queijo. Ao ver o colega do lado comprando, ter a máquina de cartão é mais um incentivo para que ele consuma” finaliza Mineiro.
A vendedora de brigadeiros Simone De Leo trabalha com crédito e débito. Para ela, o uso da maquineta de cartão facilita o dia a dia e aumenta o lucro. “Ganho na quantidade de brigadeiros vendidos, hoje são de 3 a 4 mil por mês”, explica.
Outro benefício citado pelos vendedores é a garantia de recebimento, com a redução da inadimplência.