O Microempreendedor Individual (MEI), um facilitador para os micro e pequenos empresários regularizarem e formalizarem suas empresas, ainda recorre a hábitos antigos, e não se modernizou, segundo pesquisa do Sebrae. Ele prefere registrar os custos da empresa em papel e alguns ainda vendem fiado. O levantamento mostrou que 77% dos empreendedores autônomos, que faturam até R$ 81 mil por ano, nunca fizeram um curso ou treinamento em finanças.
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Os números apresentados pela pesquisa, que ouviu mil pessoas entre os dias 14 e 26 de abril, revelam que o caderno ainda é o meio preferido dos MEI para registrar seus gastos. Eles somam 50% do total, enquanto 21% já passaram para suas anotações para o meio digital. Este percentual é mais acentuado entre os jovens de até 24 anos, que aderiram mais facilmente aos meios digitais. Além disso, vender fiado ainda é realidade para quatro em cada 10 microempreendedores individuais.
Quando ao controle das finanças, de acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados conseguem manter os pagamentos de todos os custos da empresa em dia, enquanto que 34% enfrentam dificuldades em acertar as contas. Além disso, apesar das novas formas de pagamento, 91% dos empresários aceitam dinheiro vivo em suas transações, enquanto que 44% usam os cartões de débito e crédito e 40% utilizam depósitos bancários e só 29% recebem cheques.
“Se o empreendedor brasileiro é um herói, o MEI é o herói solitário. Mesmo sem o preparo adequado, se esforça para quitar as contas, pagar fornecedores e ainda consegue equilibrar o comando da empresa, o cuidado com o cliente e fechar o mês com resultados favoráveis ao negócio”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Entre os dias 14 e 20 de maio, o Sebrae participa da 5ª Semana Nacional de Educação Financeira. Neste período, serão promovidas atividades e capacitações em todo o país. O foco das ações é a promoção da educação financeira para empresários de micro e pequenos negócios, em especial para o Microempreendedor Individual.
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