Tanto lixo também é resultado do crescimento da produção de produtos industrializados, embalagens (representa cerca de um terço do lixo doméstico) e do nosso ciclo de vida, onde consumimos para sobreviver. O fato é que todo esse lixo gerado vai para lixões e gera biogás, um dos principais causadores do efeito estufa, além de gás carbônico, entre outras impurezas. Todos esses gases são prejudiciais para o meio ambiente.
Segundo alguns meteorologistas, o próximo verão promete ser um dos mais quentes de todos os tempos no país, com temperaturas que vão chegar aos 40ºC por vários dias seguidos.
Mas qual será a relação entre essa instabilidade climática e o montante de lixo produzido? Total! As mudanças climáticas têm ligação direta com a má destinação e os efeitos que os gases gerados pelos lixos causam na atmosfera, como o aquecimento global, tema hoje tão discutido por entidades especialistas. Claro que outros fatores contribuem para o aquecimento da Terra, como as queimadas e o contínuo desflorestamento, mas a questão do lixo é algo que podemos mudar. O estilo de vida do brasileiro contribui para que produzamos cada vez mais lixo e que todo esse ciclo se repita.
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que se todo o resíduo reaproveitável atualmente enviado a aterros e lixões em todo o país fosse reciclado, a riqueza gerada poderia chegar a R$ 8 bilhões anuais. Agora, pense nesse montante investido em iniciativas em prol do meio ambiente e durante gerações. Claro que a discussão é muito mais abrangente. É necessária uma mudança de cultura. Porém, se ninguém se atentar para essas mudanças rapidamente, corremos o risco de não ver no futuro o mundo que conhecemos hoje. Cabe a cada um de nós decidir.