Nos anos 2000, o varejo apresentou uma forte evolução, aproveitando-se do crescimento pelo qual passou o País e que proporcionou o aumento da renda, da disponibilidade de crédito e dos juros mais baixos – que permitiu a entrada de milhões de consumidores no universo do consumo.
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Naquele momento, a palavra de ordem era aproveitar os bons ventos e expandir. Enquanto novas lojas eram abertas e as vendas cresciam, geravam-se, em paralelo, processos de operação, logísticos e de suporte pouco eficientes. Mas os ventos agora são outros. Embora muitos sinalizem que já atingimos o fundo desse movimento de retração e a tendência agora é voltar a crescer, nada será como antes: o varejo já entendeu isso.
“O varejo teve uma década dourada e muitos segmentos se aproveitaram desse momento. Em períodos de expansão, a preocupação é crescer rápido e não necessariamente crescer com os ganhos que a eficiência pode trazer”, explica Marcelo Raducziner, Client Principal Director da Hewlett Packard Enterprise. “Quando você prioriza expansão, deixa de priorizar processos de ganhos de eficiência. Nos últimos dois anos as oportunidades de crescimento cessaram por conta da crise. Assim, naturalmente abre-se espaço para tentar ganhar eficiência”, explica.
Agora, diz o executivo, o varejo passa a pensar onde estão as oportunidades de ganho de eficiência e onde a tecnologia pode ajudá-lo. E se antes tecnologia era artigo de luxo para o setor, agora é parte integrante das estratégias. “Considerando que o mercado de tecnologia evolui muito rápido, se o varejo não se preparar tecnologicamente, vai dispender cada vez mais dinheiro – seja para preencher o gap dessa evolução da própria tecnológica, seja por não se aproveitar dos benefícios que a mesma traz”, afirma Cesar Ripari, Chief Technologist da HPE.
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